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Em novo ataque à CoronaVac, Bolsonaro critica "vacina a toque de caixa"

10 nov 2020 - 20h15
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O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira que torce para que seja encontrada uma vacina eficaz contra a Covid-19 e criticou o que chamou de "vacina a toque de caixa", em mais um ataque à CoronaVac, da chinesa Sinovac, que está sendo testada no Brasil pelo Instituto Butantan.

Presidente Jair Bolsonaro
19/08/2020
REUTERS/Adriano Machado
Presidente Jair Bolsonaro 19/08/2020 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

"A gente pede a Deus que seja encontrada uma vacina eficaz e não como alguns populistas querem uma vacina a toque de caixa para obrigar todo mundo a tomar a vacina", disse Bolsonaro, em transmissão pelas redes sociais, atacando indiretamente também o governador de São Paulo e desafeto político, João Doria, cujo governo controla o Butantan.

Mais cedo, Bolsonaro comemorou a decisão da véspera da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de suspender os testes com a CoronaVac como se fosse uma vitória pessoal dele.

Em resposta a um apoiador no Facebook, o presidente insinuou, sem provas, que o medicamento chinês poderia causar "morte, invalidez, anomalia". Na sequência escreveu: "Mais uma que Jair Bolsonaro ganha".

A suspensão determinada pela Anvisa ocorreu após a ocorrência de um evento adverso grave. Segundo fonte com conhecimento do assunto, um voluntário do estudo cometeu suicídio, evento que não teria relação com a vacinação. Mesmo assim, a agência reguladora decidiu manter nesta terça interrupção dos testes com o imunizante.

Na transmissão pelas redes sociais, Bolsonaro disse que quem não tomar a futura vacina estará colocando em risco a própria vida, e não dos outros.

O presidente também citou o auxílio emergencial como um dos fatores que salvaram a economia brasileira durante a pandemia do novo coronavírus, destacando que seu custo chegou a 50 bilhões de reais por mês. Ele disse que a ajuda vai ter um fim porque o país não aguenta se endividar tanto assim, senão quebra.

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