Em Roma, Dilma confirma ajuda a brasileira presa na Venezuela
O Itamaraty colocou dois advogados à disposição da estudante brasileira que foi presa na quinta-feira na Venezuela durante os protestos que tomaram conta do país contra o governo de Nicolás Maduro. A presidente falou do caso em Roma, depois de visitar o papa Francisco no Vaticano. Acompanhada do Ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, Dilma confirmou que toda ajuda será dada à brasileira. "Assim como sempre fazemos em qualquer caso de qualquer brasileiro", afirmou. Figueiredo disse que já tem notícias de que a estudante já teria sido liberada. A presidente só não quis comentar a situação do país. "Sobre questões internas do país não me manifesto", disse.
A presidente da República evitou comentar também sobre a possível formação de um bloco político de centro por parte de membros de partidos aliados (principalmente o PMDB) e que este novo bloco criaria uma pauta própria de votação, independente de vontade do Palácio do Planalto. "Isso também é pura especulação e sobre especulação eu não falo."
Depois de assistir na manhã deste sábado ao Consistório onde o arcebispo do Rio vai se tornar cardeal da Igreja Católica, Dilma Rousseff vai ficar na embaixada brasileira em Roma esperando uma oportunidade de se encontrar com o presidente italiano Giorgio Napolitano. "Mas não sei se vamos conseguir encaixar as agendas porque ele deve conseguir formar novo governo neste sábado", afirmou a presidente que, uma vez mais não quis dizer se, caso haja o encontro, vai falar sobre o caso da prisão do ex-diretor do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, condenado pelo processo do mensalão e que fugiu para a Itália com documentos falsos. "Falo sobre qualquer assunto, desde que seja do interesse do governo italiano", afirmou.
Além do ministro das Relações Exteriores, a presidente visitou o papa Francisco acompanhado do ministro-chefe da Secretaria-Geral da presidência, Gilberto Carvalho, e do assessor especial da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia. Dilma Rousseff fica em Roma até domingo, onde assiste à primeira missa do Papa com os novos 19 cardeais que serão criados neste sábado e depois embarca para Bruxelas, onde participa de uma reunião de cúpula entre o Brasil e a União Europeia.