Embaixadas do Brasil na África apontam medidas contra ebola
O Ministério das Relações Exteriores (MRE) avisa, em nota da assessoria de imprensa, que mantém contato com os brasileiros residentes em países africanos afetados pelo ebola. Segundo a pasta, são aproximadamente 50 brasileiros residentes na Guiné e 12 na Libéria. Entre eles estão missionários evangélicos que trabalham no interior - áreas de maior risco.
"Todas as embaixadas brasileiras na região foram instruídas a manter contato contínuo com a comunidade expatriada local, incluindo funcionários a serviço de empresas brasileiras e estrangeiras, com vistas a verificar a situação pessoal e prestar-lhes toda assistência consular cabível", diz a nota.
O Itamaraty informa que o Brasil tem acompanhado a evolução da situação sobre a ocorrência de casos de febre hemorrágica, por meio de relatos transmitidos pelas embaixadas do Brasil em Conacri (Guiné), Monróvia (Libéria), Freetown (Serra Leoa) e Abuja (Nigéria). Com base nos relatos, recomenda as medidas profiláticas básicas, que evitem áreas mais afetadas e façam a higiene adequada.
O MRE diz que não houve nenhuma solicitação de auxílio adicional ao já prestado, e destaca que não há brasileiros infectados. Salienta ainda que está sempre preparado para lidar com "situações de contingência".
O ebola causa febre alta e, nos casos mais graves, hemorragias. É transmitida pelo contato com fluidos corporais, e as pessoas próximas aos pacientes são as que apresentam maior risco de contrair a doença. Desde o início do ano, a epidemia causou 932 mortes e mais de 1,7 mil pessoas estão infectadas em Serra Leoa, na Guiné, Libéria e Nigéria - na costa atlântica da África Ocidental.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) convocou uma sessão de emergência, que ocorre desde ontem, em Genebra, na Suíça, a portas fechadas, para decidir se declara situação de crise internacional. A decisão é esperada para amanhã.