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Equipe registra resgate dramático de ninhos de tartaruga em temporal

16 dez 2016 - 12h18
(atualizado às 13h04)
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Cada ninho costuma ter aproximadamente 120 ovos.
Cada ninho costuma ter aproximadamente 120 ovos.
Foto: BBC Brasil
O norte do Espírito Santo, ao lado de áreas no Rio de Janeiro e do Nordeste, é a principal região de desova de tartarugas marinhas no litoral brasileiro, por ter areia e água do mar mais quentes
O norte do Espírito Santo, ao lado de áreas no Rio de Janeiro e do Nordeste, é a principal região de desova de tartarugas marinhas no litoral brasileiro, por ter areia e água do mar mais quentes
Foto: BBC Brasil
O esforço resultou na transferência de 60 ninhos das espécies cabeçuda (Caretta caretta) e gigante (Dermochelys coriacea), ambas ameaçadas de extinção
O esforço resultou na transferência de 60 ninhos das espécies cabeçuda (Caretta caretta) e gigante (Dermochelys coriacea), ambas ameaçadas de extinção
Foto: BBC Brasil
Para bióloga do Tamar, tais eventos extremos, como o temporal que levou a faixa de areia embora em Regência, estão se tornando cada vez mais comuns.
Para bióloga do Tamar, tais eventos extremos, como o temporal que levou a faixa de areia embora em Regência, estão se tornando cada vez mais comuns.
Foto: BBC Brasil

O fotógrafo Leonardo Merçon percorria em meados de novembro o litoral de Regência, no norte do Espírito Santo, quando se deparou com uma situação tensa.

Um temporal com rajadas de vento formou ondas grandes, e a maré começou a levar a faixa de areia da praia, ameçando dezenas de ninhos de tartarugas monitorados pelo projeto Tamar, que tem uma base no local.

"Fomos a Regência em uma expedição para refazer o caminho de um naturalista alemão (o príncipe de Wied-Neuwied, Alexander Philipp Maximilian) que visitou o Brasil há 200 anos. Aí nos deparamos com aquela situação. Tivemos que ajudar", disse Merçon.

Ao lado de equipes da Reserva Biológica (Rebio) de Comboios e do projeto Tamar, o time de Merçon se envolveu por quatro dias (17 a 20 de novembro) em um trabalho de resgate dos ovos e transferência dos ninhos ao longo de 37 km de praias.

O esforço resultou na transferência de 60 ninhos das espécies cabeçuda (Caretta caretta) e gigante (Dermochelys coriacea), ambas ameaçadas de extinção. Cerca de outros 50 foram perdidos para a maré.

Cada ninho costuma ter aproximadamente 120 ovos.

O norte do Espírito Santo, ao lado de áreas no Rio de Janeiro e do Nordeste, é a principal região de desova de tartarugas marinhas no litoral brasileiro, por ter areia e água do mar mais quentes.

"O ideal é nunca mexer nos ninhos, pois isso pode mudar a temperatura dos ovos e alterar a taxa de eclosão, mas neste caso não havia outra alternativa", afirmou à BBC Brasil a bióloga do projeto Tamar Flávia Ribeiro.

"Foi um temporal como nunca tinha visto", disse Antônio de Pádua, chefe da Rebio de Comboios.

Para a bióloga do Tamar, tais eventos extremos, como o temporal que levou a faixa de areia embora em Regência, estão se tornando cada vez mais comuns.

"Se ocorrem naturalmente ou por impacto das mudanças climáticas, não se sabe."

Equipe registra resgate dramático de ninhos de tartaruga em temporal:
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