Ex de namorado de Suzane Von Richthofen luta pela guarda das filhas: 'Instinto de proteção'
Sílvia disse que não consegue contato nem com as filhas nem com o ex-marido desde que ele assumiu relacionamento com Suzane
A médica Sílvia Constantino falou pela primeira vez sobre o relacionamento do ex-marido com Suzane Von Richthofen. Em entrevista ao programa Encontro, na TV Globo, nesta quarta-feira, 27, ela relatou que as três filhas, de 7, 12 e 13 anos, estão sob a guarda do pai, Felipe Muniz, que mora em Bragança Paulista, no interior de São Paulo.
Sílvia relatou que descobriu sobre o relacionamento do ex com Suzane por meio das redes sociais. Moradores da cidade enviaram mensagens com fotos dos dois para ela. A informação foi confirmada pela filha de 13 anos, e este foi o último contato que as duas tiveram. Desde então, a médica não consegue mais falar nem com o pai das filhas nem com as crianças.
Desde janeiro deste ano, Suzane cumpre a pena de 39 anos de prisão pelo assassinato dos pais em regime aberto. Ela vive em Bragança Paulista, onde conheceu Felipe e os dois começaram um relacionamento. Atualmente, Suzane está grávida do namorado.
Silvia foi casada por 10 anos com Felipe, e os dois tiveram 3 filhas. Desde 2019, ele tem a guarda das filhas, e Silvia já lutava para conseguir a guarda das crianças. Agora, a situação se tornou mais urgente para ela.
"Foi um instinto de proteção, que eu acho que é a primeira coisa que a gente pensa. Ainda mais sendo da área e tendo acompanhado o caso na época. É um desespero muito grande de imaginar que minhas filhas estão mantendo contato com essa mulher. E uma decepção muito grande também saber que a minha confiança com o pai foi quebrada", contou durante a entrevista ao Encontro.
Ao receber as mensagens de moradores de Bragança Paulista, Silvia não acreditou que aquilo era verdade. "De início eu não acreditei, eu achei que fossem montagens de fotos e coincidiu de eu conseguir falar com a minha filha e ela confirmou para mim a história. Eu fiquei muito assustada, e eu não conseguia entrar em contato com o pai das meninas, e tive que acionar advogado para poder manter contato".
Sem contato
Quando Sílvia tenta ligar ou mandar mensagens, o telefone do ex-marido permanece desligado. "Desde então minha vida tem sido um inferno, uma angústia. As minhas filhas, quando eu consegui falar com elas e a história foi confirmada, eu perguntei: 'Minha filha, você sabe quem é ela?'. E ela disse: 'Sim, mamãe, a gente já sabe de tudo'. Depois dessa conversa, eu não consegui falar de novo".
A mãe relatou que tentou falar com a ex-sogra, também sem sucesso, na tentativa de ver as filhas pessoalmente. A médica mora em Minas Gerais, mas se desloca com frequência para trabalhar em Bragança Paulista. Mesmo na cidade, não consegue falar com as filhas.
Ela tentou contato com uma das filhas e teve a impressão de que não era a criança quem estava respondendo do outro lado. "Em todas as desconfianças que eu tive, eu tentei algum contato em que eu ouvisse a voz delas, ou uma videochamada, mas todas as vezes que eu tentava eu não conseguia nem conversar".
A mãe ficou sabendo que as filhas não estavam indo para a escola por meio de amigas e conhecidos. A própria filha também chegou a confirmar na última conversa que tiveram. Ela disse para as filhas irem para Minas Gerais, mas a criança respondeu que precisaria de autorização do pai ou da avó. Apesar de ter tentado, não houve retorno dos responsáveis.
“Eu vou à cidade, fico hospedada na cidade, vou a trabalho, e saber que minhas filhas estão do meu lado e eu não consigo falar com elas é cruel demais", disse.
"Minha expectativa é que a Justiça enxergue a situação como deve ser enxergada e priorize as minhas filhas inicialmente, porque uma coisa é um casamento que não deu certo, e isso acontece, mas outra coisa é minhas filhas herdarem uma coisa que elas não fizeram, e não têm culpa disso. Eu gostaria muito que essa guarda fosse favorável à mãe, para eu poder afastar minhas filhas disso tudo, porque essa é minha obrigação como mãe", completou.
As defesas de Suzane e Felipe não quiseram se manifestar sobre o caso. Os advogados de Felipe negaram que houve tentativa de dificultar o contato ou as visitas de Sílvia.