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Ex-governador de Goiás Marconi Perillo é preso pela PF

10 out 2018 - 21h25
(atualizado às 21h36)
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O ex-governador de Goiás e candidato derrotado a uma vaga no Senado pelo Estado Marconi Perillo (PSDB) foi preso nesta quarta-feira em decorrência da operação Cash Delivery, que investiga pagamento de propinas em campanhas eleitorais, informou o Ministério Público Federal de Goiás.

Ex-governador de Goiás Marconi Perillo
12/06/2012
REUTERS/Ueslei Marcelino
Ex-governador de Goiás Marconi Perillo 12/06/2012 REUTERS/Ueslei Marcelino
Foto: Reuters

"A custódia cautelar de Marconi Ferreira Perillo Junior, além de prevenir o envolvimento do investigado em outros atos de recebimento de valores, desbaratando o esquema delituoso, prevenirá o recebimento de eventual saldo de propina, bem como a entrega aos potenciais destinatários, dificultando/impedindo também novas condutas de ocultação e dissimulação do produto do crime, resguardando, assim, a ordem pública", afirma trecho da decisão da 11ª Vara da Justiça Federal no Estado que determinou a prisão do ex-governador.

Em nota, o advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, que representa Perillo, manifestou "completa indignação" com a prisão do ex-governador.

"O novo decreto de prisão é praticamente um 'copia e cola' de outra decisão de prisão já revogada por determinação do TRF-1. Não há absolutamente nenhum fato novo que justifique o decreto do ex-governador Marconi Perillo, principalmente pelas mencionadas decisões anteriores que já afastaram a necessidade de prisão neste momento", disse o advogado em nota.

"Na visão da defesa, esta nova prisão constitui uma forma de descumprimento indireto dos fundamentos das decisões de liberdade concedidas a outros investigados."

A operação Cash Delivery foi lançada no dia 28 de setembro, mas Perillo não foi preso na ocasião por ser candidato ao Senado, uma vez que a lei eleitoral não permite a prisão de candidatos entre 15 dias antes e dois dias após o pleito.

Também nesta quarta, o senador Acir Gurgacz (PDT-RO) se entregou à Polícia Federal no Paraná depois que o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, julgou inviável a suspensão de liminar pedida pela Mesa Diretora do Senado, que buscava afastar decisão da 1ª Turma do Supremo para que a pena imposta a Gurgacz começasse a ser cumprida.

O parlamentar foi condenado a quatro anos e seis meses de reclusão, em regime inicial semiaberto, por desvio de finalidade na aplicação de financiamento obtido em instituição financeira oficial.

Gurgacz é acusado de desvio de finalidade entre 2003 e 2004. Ele teria atuado na obtenção de um empréstimo por uma empresa para a renovação da frota de ônibus do município de Ji-Paraná, o qual governou entre 2001 e 2002, junto ao Banco da Amazônia, mas os recursos teriam sido usados para comprar veículos usados e para outras finalidades.

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