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F. Bolsonaro empregou mãe de PM suspeito de comandar milícia

Polícia fez operação contra grupo que age em grilagem de terras

22 jan 2019 - 14h04
(atualizado às 14h13)
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O senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL) empregou até novembro de 2018 a mãe e a esposa do capitão Adriano Magalhães da Nóbrega, suspeito de comandar o Escritório do Crime, organização suspeita do assassinato da vereadora Marielle Franco, em março do ano passado. A informação foi revelada nesta terça-feira (22) pelo jornal "O Globo" após a polícia do Rio de Janeiro deflagrar uma operação contra milicianos.

F. Bolsonaro empregou mãe de PM suspeito de comandar milícia
F. Bolsonaro empregou mãe de PM suspeito de comandar milícia
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

    Raimunda Veras Magalhães, mãe do ex-capitão procurado, é uma das remetentes de depósitos para Fabrício Queiroz, ex-assessor do filho do presidente Jair Bolsonaro, segundo os dados do Coaf.

    O relatório revela que a mulher, que aparece na folha da Alerj com salário de R$5.124,62, depositou R$4,6 mil na conta bancária do ex-motorista.

    Além dela, a esposa de Adriano, Danielle Mendonça da Costa da Nóbrega, também tem o mesmo salário da sogra na Alerj. As duas foram exoneradas em novembro do ano passado. Em nota, Flávio esclareceu que Raimunda foi contratada por Queiroz e que ele "continua sendo vítima de uma campanha difamatória com objetivo de atingir o governo de Jair Bolsonaro". "A funcionária que aparece no relatório do Coaf foi contratada por indicação do ex-assessor Fabrício Queiroz, que era quem supervisionava seu trabalho. Não posso ser responsabilizado por atos que desconheço, só agora revelados com informações desse órgão", diz o texto.

    O senador eleito ainda ressaltou que o fato da mulher ser mãe de um foragido, já condenado pela Justiça, é mais "uma ilação irresponsável daqueles que pretendem me difamar". Investigação Marielle Franco Durante a Operação Intocáveis deflagrada hoje (22) pelo Ministério Público e a Polícia Civil do Rio de Janeiro, agentes prenderam cinco pessoas, incluindo o major Ronald Paulo Alves Pereira, suspeito de participar da morte de Marielle. O major foi detido sob a acusação de chefiar uma milícia que age em grilagem de terras na zona oeste do Rio de Janeiro. Quando fazia parte do 16º BPM em 2004, Alves Pereira chegou a ser homenageado pelo então deputado Flávio Bolsonaro.

    Adriano Magalhães também está no grupo suspeito de comprar e vender imóveis construídos ilegalmente, além de crimes relacionados à ação da milícia no território carioca. Ao todo, a polícia cumpriu 13 mandados, mas prendeu apenas cinco pessoas.

Ansa - Brasil
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