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Falta de médicos gera 'filas e custos para o País', diz Dilma

22 out 2013 - 17h50
(atualizado às 17h55)
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<p>Presidente Dilma Rousseff participou nesta terça-feira da cerimônia para sancionar a Lei do Mais Médicos</p>
Presidente Dilma Rousseff participou nesta terça-feira da cerimônia para sancionar a Lei do Mais Médicos
Foto: Roberto Stuckert Filho/PR / Agência Brasil

Ao sancionar nesta terça-feira a lei que cria o Mais Médicos, a presidente Dilma Rousseff disse que o programa tem efeito não apenas nas populações pobres e desassistidas, embora esse seja o foco principal, mas na estruturação de todo o sistema público de saúde. "É preciso lembrar o efeito da ausência de médicos produz nos postos de saúde, nas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento), nos hospitais, o que significa aumento de filas e aumento de custos para o próprio País", disse.

Instituído por medida provisória editada em julho e aprovada na semana passada pelo Congresso Nacional, o programa tem o objetivo de levar médicos para regiões consideradas prioritárias e com carência desses profissionais, como periferias das grandes capitais e interior, além de aprimorar a capacitação dos profissionais no País.

O programa foi alvo de críticas das principais entidades médicas do Brasil. Uma delas por contratar profissionais estrangeiros sem a necessidade de passarem pela revalidação do diploma. Durante a tramitação no Congresso, a proposta enviada pelo governo foi alterada pelos parlamentares.

Uma das mudanças transferiu para o Ministério da Saúde a responsabilidade de emitir o registro provisório para que os médicos com diplomas do exterior possam trabalhar no programa. Antes, a emissão era feita pelos conselhos regionais de Medicina (CRMs). De acordo com a pasta, em decorrência dos atrasos na concessão do documento pelos conselhos, 196 profissionais ainda não começaram a trabalhar. Os conselhos continuarão com a tarefa de fiscalização.

Conforme último balanço do ministério, 1.232 médicos já estão trabalhando no programa, sendo 748 brasileiros e 484 com diplomas do exterior e o registro provisório. Ainda neste mês, mais 2.180 profissionais formados em outros países devem iniciar no programa. Os profissionais do programa recebem bolsa de R$ 10 mil por mês e ajuda de custo, arcados pelo governo federal. As prefeituras pagam a moradia e alimentação. 

ENTENDA O 'MAIS MÉDICOS'
- Profissionais receberão bolsa de R$ 10 mil, mais ajuda de custo, e farão especialização em atenção básica durante os três anos do programa.
- As vagas serão oferecidas prioritariamente a médicos brasileiros, interessados em atuar nas regiões onde faltam profissionais.
- No caso do não preenchimento de todas as vagas, o Brasil aceitará candidaturas de estrangeiros. Eles não precisarão passar pela prova de revalidação do diploma
- O médico estrangeiro que vier ao Brasil deverá atuar na região indicada previamente pelo governo federal, seguindo a demanda dos municípios.
- Criação de 11,5 mil novas vagas de medicina em universidades federais e 12 mil de residência em todo o País, além da inclusão de um ciclo de dois anos na graduação em que os estudantes atuarão no Sistema Único de Saúde (SUS).
Agência Brasil Agência Brasil
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