Família de italiano morto em Alagoas denuncia 'favorecimento' a suspeito
Policial acusado pelo crime foi levado para prisão militar
O advogado da família do empresário italiano Fabio Campagnola, assassinado em Marechal Deodoro, região metropolitana de Maceió (AL), no último dia 3 de janeiro, criticou o fato de o policial aposentado José Pereira da Costa, acusado pelo crime, ter sido levado para uma prisão militar.
"É claramente um favorecimento", declarou Claudio Falleti, advogado da família de Campagnola e que faz a assessoria jurídica junto com o Ministério das Relações Exteriores da Itália. Segundo ele, Costa evitou uma penitenciária civil por ter alegado "legítima defesa" para cometer o homicídio.
"Como se pode invocar legítima defesa em uma situação na qual, como foi mostrado pelas câmeras, uma discussão verbal seguida de alguns empurrões termine com Pereira se afastando e retornando armado para disparar a sangue frio? Onde está a proporção entre ofensa e defesa? Isso foi uma execução", disse Falleti.
O advogado ainda pediu que as autoridades políticas italianas conversem com suas contrapartes brasileiras para evitar que essa situação "saia de controle sem uma condenação justa e um processo imparcial", acrescentou.
Costa, 59, é acusado de homicídio qualificado e se entregou na última quinta-feira (5), após um mandado de prisão preventiva decretado pela 1ª Vara Cível e Criminal de Marechal Deodoro.
O crime teria ocorrido após uma discussão sobre a presença de um carrinho de churros do policial aposentado em frente à sorveteria de Campagnola na Praia do Francês.
Natural de Casale Monferrato, na província de Alessandria, o italiano tinha 52 anos de idade e deixou um filho de nove.