Funcionária da Fiocruz fica ferida por estilhaços de bala dentro de fábrica de vacinas
Uma funcionária de Bio-Manguinhos, unidade de produção de vacinas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), foi atingida por estilhaços de disparo de arma de fogo dentro do local de trabalho durante uma operação policial na zona norte do Rio de Janeiro nesta quarta-feira, informou a instituição.
"Um projétil atingiu o vidro da sala de Automação, do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), fábrica de vacinas da Fiocruz, e uma trabalhadora recebeu atendimento médico por conta dos estilhaços", informou a Fiocruz em nota sobre o incidente.
Segundo a instituição, no momento que a funcionária foi ferida, agentes da Polícia Civil faziam uma perseguição dentro das instalações da Ficoruz a supostos traficantes de comunidades vizinhas à fundação, que é cercada por favelas do complexo de Manguinhos.
A Fiocruz disse que os policiais entraram descaracterizados e sem autorização no campus. "Toda a ação da Polícia Civil ocorreu de forma arbitrária, sem autorização ou comunicação com a instituição, colocando trabalhadores e alunos da Fiocruz em risco", afirmou a instituição.
De acordo com a Polícia Civil, os agentes participavam de uma operação para prender uma quadrilha especializada no roubo e receptação de cargas, na qual quatro suspeitos morreram durante confrontos.
A polícia acrescentou que um vigilante da Fiocruz foi detido acusado de dar cobertura e ajudar na fuga dos suspeitos, o que foi questionado pela Fiocruz.
Após a ação da polícia, moradores fizeram um protesto com barricadas em uma avenida de região.
A Fiocruz antecipou o fim do expediente nesta quarta-feira, e unidades de saúde e educação da região também foram impactadas pela operação policial.
No mês passado, uma médica da Marinha do Brasil morreuapós ser atingida na cabeça por uma bala perdida dentro de um hospital naval também na zona norte do Rio de Janeiro durante uma operação policial em uma favela próxima.