Governador revoga decreto que combatia homofobia no DF
Lei previa punições a órgãos públicos locais e estabelecimentos comerciais que cometessem atos homofóbicos
O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, decidiu revogar o decreto publicado nesta quinta-feira no Diário Oficial que previa punições a órgãos públicos locais e estabelecimentos comerciais que cometessem atos homofóbicos.
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De acordo com nota publicada pelo governo do DF, a publicação no Diário Oficial foi um "erro de tramitação", porque o texto não passou pela área jurídica. "Foram identificados vícios formais, que precisam ser corrigidos", diz a nota.
O decreto previa multas de R$ 5 a R$ 50 mil, suspensão e cassação de alvará, além da impossibilidade de realizar contratos com o governo local para estabelecimentos que discriminassem clientes por sua orientação sexual.
Segundo o decreto, seriam considerados atos homofóbicos o constrangimento ou exposição ao ridículo, atendimento diferenciado, proibição de ingresso ou permanência no local, preterimento em seleção ou entrevista de emprego, atos de coação, ameaça ou violência, entre outros.
O texto previa o uso do nome social por travestis e transexuais nos serviços públicos do Distrito Federal. O nome social é aquele adotado pelo travesti a partir da sua identificação de gênero, no lugar do que consta na certidão de nascimento.
Apesar da revogação, a nota publicada diz que o GDF "reitera seu compromisso com os direitos humanos e contra discriminação de qualquer espécie".