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Ricardo Nunes 'escorrega' em sabatina e erra ao dizer que BO de violência doméstica registrado por mulher em 2011 era 'forjado'

Secretaria de Segurança Pública de SP informou que boletim de ocorrência foi realizado naquele ano

16 jul 2024 - 12h22
(atualizado às 15h12)
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Ricardo Nunes e sua esposa, Regina Carnovale
Ricardo Nunes e sua esposa, Regina Carnovale
Foto: Reprodução/Instagram/@reginacarnovalenunes

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MBD), participou de uma sabatina, realizada pela Folha e UOL, e, na ocasião, afirmou que o boletim de ocorrência por violência doméstica, registrado em 2011 por sua esposa, Regina Carnovale Nunes, foi “forjado”, o que foi desmentido pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo.

A reportagem do Terra checou a informação com a SSP, que informou que Regina Carnovale Nunes foi até uma Delegacia da Mulher em fevereiro de 2011 para denunciar o marido por ameaça.

“A Polícia Civil destaca que os boletins de ocorrência registrados, seja via internet ou em delegacias físicas, são submetidos a diversos procedimentos que garantam sua legitimidade. O caso em questão foi registrado pela 6ª Delegacia de Defesa da Mulher, em fevereiro de 2011”, disse o órgão estadual em nota.

A versão é diferente da que foi exposta pelo prefeito, que é pré-candidato à reeleição.

O Boletim de Ocorrência registrado por Regina, que é casada com Nunes até hoje, acusa o prefeito de violência doméstica, ameaça e injúria. “Na ocasião, a vítima compareceu na unidade especializada para comunicar os fatos e a ocorrência foi encaminhada à Delegacia de Embu Guaçu, responsável pela área dos fatos. Contudo, havia necessidade de representação contra o autor, o que a vítima não fez”, continua a nota.

O registro policial já havia sido tema de discussão na campanha eleitoral de 2020, quando Nunes se candidatou a vice-prefeito de Bruno Covas (PSDB). Um dos argumentos do prefeito é que o BO não possui assinatura de Regina. A Polícia Civil afirma que os boletins são submetidos a diversos procedimentos para garantir a legitimidade.

Regina também não representou contra o autor, ou seja, não deu andamento com a instauração de um inquérito contra Nunes. A representação pode ser feita pela vítima ou por um advogado, e transforma a situação em uma ação penal. Na época, o passo era necessário para que o caso tivesse andamento. Hoje, a primeira-dama de São Paulo nega que tenha registrado o boletim, e diz que as informações não são reais.

Segundo a Folha de S. Paulo, Nunes também registrou um boletim de ocorrência em 2011 contra Regina, alegando ter sido vítima de lesão corporal. Na ocasião, "em conversa referente à pensão, veio a autora [Regina] por agredir a vítima [Ricardo Nunes]", diz o documento.

Nunes negou a veracidade do documento durante a sabatina. “É uma irresponsabilidade [a sabatina] trazer uma coisa dessa. A Regina já falou que ela não fez [o boletim de ocorrência]. Ela contratou um advogado, eu até separei o material para te entregar. O advogado entrou com a petição dizendo que queria, então, esse boletim de ocorrência assinado. Veio a resposta da delegacia que não existe esse boletim de ocorrência [assinado]”.

Ao final da sabatina, Nunes apresentou um documento em que a Polícia Civil afirma que a via original não foi localizada. No entanto, confirma que, em livro de registro de ocorrências, foi encontrada a escrituração do boletim e "registrada sua entrada na data de 04.03.2011, tendo a autoridade policial à época dos fatos proferido o despacho: 'Intimar a vítima'".

O Terra entrou em contato com a equipe do prefeito Ricardo Nunes, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem. O espaço está aberto para manifestação.

Fonte: Redação Terra
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