Guarda Municipal age contra desordem no Largo do Guimarães e retira imensa barraca de churrasco
O 'Churrasquinho Guimarães" funcionava, ilegalmente, de quinta a domingo, em Santa Teresa, a partir das 18h. Após denúncias, o equipamento que emporcalhava o largo e ocasionava fumaça, gordura e cheiro desagradáveis aos imóveis vizinhos foi finalmente retirado Guarda Municipal age contra desordem no Largo do Guimarães e retira imensa barraca de churrasco
Foi grande a repercussão da matéria do DIÁRIO DO RIO acerca da bandalheira que vinha se tornando a região mais turística de Santa Teresa, nas imediações do histórico Largo do Guimarães. Refém da ilegalidade e da ocupação de espaços públicos por diversos camelôs vendedores de todo o tipo de alimentação produzida sem qualquer licença ou controle sanitário, o bairro ainda assim vem demonstrando um lento renascimento de seus bares e restaurantes, que atraem cariocas e turistas. Mas, tendo sido atenuado o caos que toma conta da região sempre após as 18h, aos poucos a confusão foi retornando.
Na noite de ontem (26/01), bem em frente ao badalado restaurante e pousada Armazém São Joaquim, e junto ao Portella Bar, ambulantes montaram uma imensa armação de ferro colada na entrada de uma loja que se encontra fechada, e instalaram uma enorme churrasqueira de metal, que produzia grande quantidade de fumaça e gordura, com o odor se espalhando por todo o logradouro. Na janela logo acima da chaminé, funciona uma pousada. Para piorar, a barraca - intitulada Churrasquinho Guimarães, foi encostada na parede e porta de entrada de uma edificação recém restaurada que data de 1854. Praticamente um quiosque - só que clandestino e ilegal - tomou quase uma terça parte do largo, em pleno espaço público. O descumprimento da lei é tão flagrante e repetido que o 'estabelecimento' tem uma conta no Instagram, @churrascoguimaraes, onde anuncia data e hora para o cometimento da infração: "De quinta a domingo, a partir das 18h, no Largo do Guimarães".
Acionada pela Subprefeitura do Centro, que hoje está a cargo do subprefeito Alberto Szafran, conhecido como legalista e entusiasta do Centro Histórico, a Guarda Municipal compareceu ao local e, pela primeira vez em anos, estabeleceu a ordem no principal ponto do bairro, conhecido como a Montmartre carioca. Os ambulantes fizeram filmagens e convocaram clientes e advogados, que segundo eles poderiam ter o condão de tornar legal o que é flagrantemente ilegal. Vencidos pelos argumentos, pela lei e pela falta de licença para atuar no local, tiveram que se retirar. A Guarda Municipal não exerceu sua autoridade de apreender os equipamentos e mercadorias, atuando de forma didática. Posteriormente, os ambulantes chegaram a postar numa rede social sua indignação. Segundo eles, "uma denúncia" não poderia ocasionar sua retirada, mesmo estando ilegalmente no local. (abaixo)
As redes sociais do estabelecimento irregular têm 580 seguidores e trazem fotografias de diversos ângulos com um movimento bastante grande de pessoas em seu entorno. Após a ação da guarda, instalaram-se no jardim de um imóvel em frente, onde há o "Samba do Paulinho". O churrasquinho de carne sai a 12 reais, e outros espetinhos são vendidos a 9 reais.