Guedes diz preferir congelamento salarial do funcionalismo público a corte de remuneração
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou neste sábado que o corte salarial do funcionalismo público durante a crise gerada pelo coronavírus não é uma ideia que lhe atrai, defendendo no lugar da iniciativa um eventual congelamento da remuneração dos servidores.
Ao participar de mesa redonda virtual com executivos da XP nesta noite, o ministro também rejeitou possível aumento de impostos das maiores empresas do país para aumentar a arrecadação do governo.
"Eu acho que num momento de emergência você tirar dinheiro de circulação, seja do funcionário público, seja das empresas, não acho que é momento de fazer isso", disse.
Em relação ao funcionalismo, Guedes afirmou preferir trocar uma investida dessa natureza por um congelamento salarial, travando aumentos por "dois, três, quatro anos".
"Acho mais construtivo que tentar tirar poder de compra (durante crise)", disse.
A redução de até 20% nos salários dos servidores que têm vencimentos maiores, entre eles parlamentares, tem sido defendida pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), como uma medida para liberar recursos para o combate à pandemia de coronavírus e como um gesto simbólico durante a crise.
A proposta, no entanto, não é muito popular entre deputados e sua defesa por Maia gerou desconforto no Congresso.