Homem com suspeita de ebola teve contato com 64 brasileiros
Essas pessoas são consideradas "sob risco" já que o paciente agora não apresenta sintomas
As autoridades de saúde identificaram 64 pessoas que podem ter entrado em contato nos dois últimos dias com o guineano Souleymane Bah, internado nesta sexta-feira no Rio de Janeiro com suspeita de ter contraído o ebola, embora não tenha voltado a apresentar sintomas.
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O paciente, de 47 anos, foi na quinta-feira a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade de Cascavel, no Paraná, relatando que na quarta-feira tinha tido febre, tosse e dor de garganta, disse o ministro da Saúde, Arthur Chioro, em entrevista coletiva.
As autoridades informaram que identificaram 64 pessoas que entraram em contato com o paciente, 60 delas no centro médico de Cascavel, entre eles três médicos e enfermeiros que lhe atenderam diretamente e os outros quatro são dois casais que moram no mesmo domicílio onde Souleymane se alojava.
Essas pessoas são consideradas "sob risco" já que o paciente agora não apresenta sintomas, embora as autoridades monitorem sua temperatura uma vez ao dia, enquanto os três funcionários de saúde que trataram do paciente terão a temperatura medida duas vezes ao dia, segundo o ministro.
Os sintomas de Bah se apresentaram no 20º dia depois de sua saída da Guiné, dentro do prazo de incubação da doença, que é de 21 dias.
Desde a tarde da quinta-feira, quando Bah chegou ao ambulatório, não voltou a apresentar sintomas e sua temperatura é normal, embora por proceder da Guiné, um dos países mais afetados pelo ebola, e por se encontrar dentro do período de incubação, foi considerado como um caso "suspeito".
Bah foi internado hoje no Rio de Janeiro no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, onde foram feitos exames de sangue, que serão enviadas para análise a um laboratório da mesma instituição situado em Belém, no Pará.
O Evandro Chagas de Belém é um laboratório público de referência internacional para febres hemorrágicas.
O resultado dos testes será conhecido em um prazo máximo de 24 horas, segundo o ministro, que revelou que também foi feito um teste para malária no paciente, que deu negativo.
Chioro disse que "todos os protocolos foram aplicados", e a resposta das autoridades foi "um sucesso" e o isolamento da UPA de Cascavel foi feita de forma "adequada".
O governo notificou a Organização Mundial da Saúde (OMS).
O Ministério da Saúde divulgará um novo boletim às 18h, mas a essa hora não se prevê que ainda se possa saber o resultado do teste de sangue.