Homem fez 'joinha', deitou, acendeu artefato e esperou explosão, dizem vigilante e testemunha
Após o ocorrido, o Gabinete de Segurança Institucional fez varredura no entorno do Palácio do Planalto para procurar outros explosivos
Vigilante do STF relata explosão na Praça dos Três Poderes, que resultou na morte de Francisco Wanderley Luiz e preocupação com segurança na região.
Um vigilante do Supremo Tribunal Federal (STF) relatou à Polícia Civil do Distrito Federal ter visto o momento em que o homem detonou explosivos na Praça dos Três Poderes na noite de quarta-feira, 13.
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Segundo o depoimento, o suspeito carregava uma mochila com artefatos. Ao ser abordado pelos seguranças, ele mostrou um dispositivo semelhante a um relógio digital, que o vigilante pensou ser uma bomba.
Ele acendeu o artefato, deitou no chão usando um travesseiro e esperou a explosão. Ele não sobreviveu.
"O indivíduo trazia consigo uma mochila e estava em atitude suspeita em frente à estátua, colocou a mochila no chão, tirou um extintor, tirou uma blusa de dentro da mochila e a lançou contra a estátua. O indivíduo retirou da mochila alguns artefatos e com a aproximação dos seguranças do STF, o indivíduo abriu a camisa os advertiu para não se aproximarem", diz trecho do Boletim de Ocorrência da Polícia Civil, conforme informou o jornal O Globo nesta quinta-feira, 14.
Um carro também explodiu e foi incendiado. A área foi isolada pelas forças de segurança e o prédio do STF, evacuado. A sessão da Câmara foi suspensa. A Polícia Civil e a Polícia Federal investigam o caso.
O incidente gerou preocupação e medidas de segurança foram reforçadas na região. Após o ocorrido, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) fez varredura no entorno do Palácio do Planalto, para buscar outros explosivos.
O presidente do STF, ministro Luis Roberto Barroso, entrou em contato com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, e outras autoridades para tratar da situação. Lula não estava no Palácio da Alvorada, que fica a cerca de quatro quilômetros de distância do ponto onde houve as explosões, no momento do incidente.
A servidora do Tribunal de Contas da União (TCU) Layana Costa relatou ao jornal O Globo que esperava um ônibus em frente ao Congresso Nacional, quando viu o homem se aproximar do prédio do STF, carregando uma sacola. Segundo ela, ele chegou a fazer um sinal de “joinha”.
"Ele passou fazendo um sinal para a gente. Ouvi duas explosões", relatou.
Os ministros do STF deixaram o prédio em segurança. A Câmara e o Senado também foram evacuados cerca de uma hora após as explosões.