PF aponta participação do PCC no atentado, diz Bebianno
Presidente do PSL afirmou que há fortes indícios de participação da facção criminosa no ataque a faca de Adélio Bispo a Bolsonaro
O presidente do PSL, Gustavo Bebianno, disse nesta sexta-feira (19) que teve acesso ao relatório sobre o atentado ao presidenciável do partido, Jair Bolsonaro, e que ele mostra ligação do crime com a facção criminosa PCC.
"No primeiro inquérito, a PF diz que ele (Adélio Bispo de Oliveira) cometeu o crime sozinho, mas o que ela quis dizer foi que ele deu a facada sozinho", afirmou Bebiano em entrevista coletiva. "No segundo inquérito tem fortes indícios de participação do PCC, e curiosamente um homem foi morto na pensão onde morava o Adélio."
Bebianno disse que, assim como teve acesso ao inquérito, a imprensa também deveria ter. "Tive acesso e logo logo isso virá à tona, mas é muito grave o que está acontecendo e há também fortes indícios de lavagem de dinheiro em torno do Adélio", ressaltou.
Ao ser questionado qual seria o interesse do PCC no ataque a Bolsonaro, Bebianno disse que o interesse "é que o Brasil não se organize, que a polícia não se fortifique e que o Brasil continue com políticas frouxas de segurança publica".
Bolsonaro foi esfaqueado no dia 6 de setembro durante ato de campanha em Juiz de Fora (MG) e passou por duas cirurgias. O presidente do PSL acredita que há riscos de Bolsonaro sofrer novos atentados, por isso a decisão de não permitir que o candidato participe de eventos de campanha.
ACUSAÇÃO FRÁGIL
O presidente do PSL disse ainda que a acusação contra Bolsonaro sobre "fake news" é frágil e espera que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) seja rápido em esclarecer o assunto.
"Todo processo judicial merece celeridade e nós acreditamos que esse processo especificamente terá celeridade porque não tem fundamento algum", disse Bebianno a jornalistas. "Foi feita uma petição vazia baseada numa matéria de jornal igualmente vazia."
O PT entrou na quinta-feira no TSE com pedido de investigação judicial contra a candidatura de Bolsonaro por abuso de poder econômico e uso indevido de meios de comunicação social, com base na suspeita de que a campanha esteja sendo beneficiada pelo disparo em massa de mensagens contra o PT, pagas por empresários simpatizantes do candidato.
Nesta sexta-feira, o WhatsApp informou que está "tomando medida legal imediata" contra empresas que estão enviando mensagens em massa sobre a eleição presidencial no Brasil.
Pouco depois da coletiva de Bebianno, o TSE informou que autorizou a abertura da investigação requerida pela chapa de Fernando Haddad (PT).