Jogador que atropelou e matou motociclista faz acordo e pagará R$ 1,7 milhão para encerrar ação
Valor pago por Renan Victor da Silva irá beneficiar Santa Casa de Misericórdia de Bragança Paulista
O zagueiro Renan Victor da Silva, ex-Palmeiras, e o Ministério Público de São Paulo entraram em um acordo para que o defensor pague R$ 1,7 milhão, valor que será destinado à doação de leitos de hemodiálise para a Santa Casa de Bragança Paulista, para encerrar a ação pelo atropelamento de um motociclista em 2022.
A medida é conhecida no poder judiciário como “acordo de não persecução penal”, e acontece quando o investigado cumpre determinadas condições para não ser denunciado e punido.
Segundo o MP, a decisão foi homologada na última terça-feira, 21. O investigado fará doação voluntária da implantação de 20 leitos de hemodiálise para atendimento SUS, no valor de R$ 1.757.144,00. O investimento permitirá que 120 a 200 pacientes sejam atendidos por mês na unidade de saúde de Bragança Paulista.
O promotor considerou que o investigado é primário, confessou formalmente o ocorrido, além de ter destinado valor da fiança à família da vítima e celebrado acordo com a representante legal da vítima para sua indenização integral (danos materiais e morais).
Relembre o caso
Renan foi preso em 2022 após atropelar e matar Eliezer Pena, de 38 anos, que deixou esposa e duas filhas. O jogador estava sem a CNH definitiva e admitiu ter consumido bebidas alcoólicas horas antes do acidente.
Ele passou um dia preso e foi solto depois de pagar fiança de R$ 242 mil. O valor foi revertido à família da vítima. Além disso, o zagueiro também fez um acordo para indenizar os familiares de Eliezer.