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José Eduardo Dutra critica vinculação à esquema da Petrobras

O atual presidente da empresa saberia que os mais altos cargos da estatal eram definidos com base em escolhas políticas, segundo depoimento de Paulo Roberto Costa

9 out 2014 - 16h13
(atualizado às 16h25)
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O ex-presidente do PT e atual diretor da Petrobras, José Eduardo Dutra, informou por meio de nota que repudia deduções que o vinculem a práticas criminosas e garantiu que tomará as providências judiciais cabíveis, um dia após o jornal Folha de S. Paulo citar seu nome na matéria "Esquema irrigou campanhas do PT, PP e PMB". 

A matéria destaca a revelação feita pelo ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, em seu depoimento realizado a 13ª Vara da Justiça Federal, em Curitiba (PR) nesta quarta-feira, de que indicações para o cargo de diretor eram feitas com base em interesses políticos e que José Eduardo Dutra tinha conhecimento sobre essas escolhas. Segundo Paulo Roberto, ele mesmo foi indicado pelo PP, em decisão encabeçada pelo deputado José Janene (PP/PR), apontado pela Polícia Federal como parceiro do doleiro Alberto Youssef. 

José Eduardo Dutra esclareceu que, nos depoimentos de Paulo Roberto Costa, seu nome foi citado "uma única vez" no contexto de "indicações políticas para diretoria da Petrobras", não sendo, portanto, ligado a irregularidades investigadas pela operação Lava Jato, que apura um esquema de desvio de dinheiro da Petrobras que envolveu Costa, doleiros e fornecedores da estatal.

Dutra contou que fez essa observação ao jornal Folha de S.Paulo, único a citar o seu nome no episódio, e o periódico publicou uma errata na sua versão online no final da noite do dia 8 de outubro. Seu nome foi retirado da reportagem, embora uma das versões impressas tenha sido publicada sem a correção.

"Minhas vinculações com o PT são públicas e notórias, bem como os períodos em que ocupei a presidência da Petrobras, BR Distribuidora e, atualmente, a Diretoria Corporativa da Petrobras", acrescentou.

Deflagrada no dia 17 de março, a operação da PF descobriu esquema criminoso de lavagem de dinheiro e desvio de recursos públicos, que teria movimentado cerca de R$ 10 bilhões. O esquema, segundo a PF, era comandado pelo doleiro Alberto Youssef, que está preso no Paraná e também aceitou assinar acordo de delação em troca de redução da pena.

Fonte: Terra
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