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Jovem tem raro pseudotumor cerebral: 'Precisei operar às pressas para não ficar cega'

Valentina Queiroz tem hipertensão intracraniana idiopática, doença que atinge cerca de uma a cada 100 mil pessoas

30 ago 2024 - 10h20
(atualizado às 10h47)
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Valentina Queiroz, 19 anos, diagnosticada com pseudotumor cerebral
Valentina Queiroz, 19 anos, diagnosticada com pseudotumor cerebral
Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

A estudante de odontologia Valentina Queiroz, de 19 anos, foi diagnosticada com uma doença rara chamada hipertensão intracraniana idiopática, também conhecida como pseudotumor cerebral, por causar sintomas semelhantes aos de um tumor no crânio, mas sem a presença de uma massa no local. O primeiro sintoma foi uma forte dor de cabeça persistente, que ela acreditava ser normal.

Tudo começou em julho de 2023. “Era uma dor de cabeça insuportável. Eu dormia e acordava com ela. Nenhum remédio resolvia. Mas eu fui empurrando com a barriga porque achava que era por passar muito tempo no celular”, comentou a jovem em entrevista à revista Marie Claire.

Queiroz também conta que sentia o pescoço rígido. Resolveu isso com a ajuda de um quiropraxista, mas a dor de cabeça continuava. Na ocasião, o especialista alegou que o caso era de tensão muscular.

“Só que, no dia seguinte, eu acordei vesga. O meu olho direito estava torto e eu não sabia o que fazer. Entrei em desespero”, contou Valentina. Apesar do susto, ela demorou um pouco para ir atrás de ajuda médica.

Uma tomografia e um raio-X realizados no hospital não acusaram nenhuma alteração, e Queiroz foi internada para uma investigação mais detalhada. Os médicos suspeitavam de paralisia do nervo óptico.

Então, ela foi encaminhada para a ressonância magnética. O especialista informou que Queiroz tinha hipertensão intracraniana idiopática, também chamada de pseudotumor cerebral. A condição é rara e afeta cerca de uma a cada 100 mil pessoas.

“A hipertensão intracraniana idiopática (HII) é uma condição em que há um aumento da pressão dentro do crânio sem uma causa aparente. Ela também é chamada de pseudotumor cerebral porque os sintomas podem mimetizar aqueles que são de um tumor no cérebro, como dor de cabeça, náusea, vômito e problemas de visão. No entanto, não há uma massa ou crescimento anormal no órgão que explique os sinais, o que justifica o termo pseudo, ou seja, falso tumor”, esclarece a neurologista do Hospital Nove de Julho, Bruna Proença, para a publicação. 

A causa da doença não está clara, mas sabe-se que ela está relacionada “a uma disfunção na absorção ou produção de líquido cefalorraquidiano (LCR), o que leva ao acúmulo de pressão no cérebro”, como explica Proença.

Segundo a especialista, o tratamento consiste em uso de medicamentos para reduzir a produção de líquido cefalorraquidiano e procedimentos cirúrgicos, como punções lombares repetidas para drenar o excesso de LCR ou colocação de uma derivação para aliviar a pressão no cérebro.

“O médico me disse que eu estava no estágio mais avançado da doença e que, se eu não operasse, perderia a visão”, diz Queiroz. No caso dela, o procedimento consistiu na colocação de uma válvula no cérebro para drenar o líquido cefalorraquidiano e amenizar a pressão cerebral.

“Assim que eu saí da cirurgia, meu olho já estava voltando ao normal. Fiquei muito feliz. Mas a recuperação foi bem complicada. Eu lembro que, nos primeiros dias, eu não conseguia sair da cama. Meu pescoço doía muito. Mas com muito esforço e remédio, voltei para casa depois de uma semana internada”, conta.

“Hoje em dia, estou tentando lidar com essa dor da melhor forma possível até eu conseguir operar de novo. É uma doença muito desafiadora e nunca imaginei passar por isso. Mas o conselho que eu dou, para as pessoas que estão suspeitando da condição, é procurar um médico o quanto antes. Não cometa o mesmo erro que eu”, declara Queiroz.

Fonte: Redação Terra
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