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Juiz acata última denúncia e Operação Lava Jato tem 36 réus

No caso da Camargo Corrêa e da UTC, o juiz destaca a participação das empresas do grupo Sanko no esquema

16 dez 2014 - 18h01
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<p>Moro (foto) já havia acatado a denúncia envolvendo os contratos da Mendes Júnior com a diretoria de Abastecimento da Petrobrás, além do doleiro Alberto Youssef e do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa</p>
Moro (foto) já havia acatado a denúncia envolvendo os contratos da Mendes Júnior com a diretoria de Abastecimento da Petrobrás, além do doleiro Alberto Youssef e do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa
Foto: Divulgação

O juiz federal Sérgio Moro acatou, no final da tarde desta terça-feira a última denúncia da sétima fase da Operação Lava Jato. Desta vez, viraram réus no processo os executivos da Camargo Correa e da UTC. Pela manhã, Moro já havia acatado a denúncia envolvendo os contratos da Mendes Júnior com a diretoria de Abastecimento da Petrobrás, além do doleiro Alberto Youssef e do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa.

Agora, tornam-se réus os executivos da Camargo Corrêa Dalton Santos Avanci (presidente), Edaurdo Hermelino Leite (vice-presidente) e João Ricardo Auler (presidente do Conselho Administrativo), além do presidente da UTC, Ricardo Ribeiro Pessoa, do irmão do ex-ministro Mário Negromonte, Adarico Negromonte, acusado de atuar como emissário de Youssef e Márcio Andrade Bonilho, da Sanko Sider. Agora já são 36 os réus nas ações, de 39 denunciados.

Embora as empreiteiras tenham participado de outros contratos com a Petrobrás, a denúncia do MPF diz respeito apenas a obras das empreiteiras na Repar, no Paraná, na Abreu e Lima, em Pernambuco e no Comperj, no Rio de Janeiro.

No caso da Camargo Corrêa e da UTC, o juiz destaca a participação das empresas do grupo Sanko no esquema. “Mais do que os depoimentos prestados pelos criminosos colaboradores, há prova documental e pericial do fluxo financeiro da Camargo Correa e UTC Engenharia para a Sanko Sider e Sanko Serviços e destas para as empresas controladas por Alberto Youssef, sem aparente causa econômica lícita, e que bastam para conferir, nessa fase, credibilidade à denúncia”, diz um trecho do despacho. Segundo o MPF, as empreiteiras compravam tubos superfaturados da Sanko e o dinheiro era repassado pela intermediária às contas das empresas de Youssef.

Nesta última denúncia, foram indentificados 11 atos de corrupção e sete de lavagem de dinheiro, que teria totalizado o pagamento de R$ 86 milhões em propina ao ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa.

O juiz também já marcou para os dias 02 e 06 de fevereiro a oitiva dos réus na ação penal.

Fonte: Especial para Terra
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