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Juíza proíbe Gleisi de visitar Lula como advogada

"Nem a ditadura impediu advogados de visitar presos", disse a presidente do PT.

30 ago 2018 - 22h45
(atualizado em 31/8/2018 às 00h23)
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A juíza federal de Curitiba Carolina Lebbos, responsável pela execução penal do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, determinou nesta quinta-feira que a presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann, e o tesoureiro do partido, Emídio de Souza, não poderão mais visitar Lula na prisão na condição de seus advogados.

A decisão da magistrada atende a pedido do Ministério Público Federal (MPF) de meados deste mês no qual os membros da força-tarefa da Lava Jato afirmaram que as visitas ao ex-presidente feitas por políticos que se inscreveram como advogados estão transformando a sede da Polícia Federal na capital paranaense em seu comitê de campanha.

Gleisi Hoffmann concede entrevista em São Paulo
 5/4/2018     REUTERS/Leonardo Benassatto
Gleisi Hoffmann concede entrevista em São Paulo 5/4/2018 REUTERS/Leonardo Benassatto
Foto: Leonardo Benassatto / Reuters

Os procuradores pediram especificamente que Gleisi fosse impedida de visitar Lula na condição de sua advogada, sob argumento de que ela não pode, como parlamentar, continuar a advogar.

Inscritos como advogados de Lula, Gleisi e Emídio tinham acesso facilitado a ele na PF em Curitiba, onde o petista cumpre pena de 12 anos e 1 mês por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex no Guarujá, litoral de São Paulo.

Também inscrito como advogado de Lula, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, candidato a vice na chapa presidencial encabeçada pelo ex-presidente, não foi incluído no pedido dos promotores.

De acordo com a campanha de Lula, Gleisi rechaçou a decisão da juíza e afirmou que ela representa mais um episódio no que afirma ser uma perseguição ao petista.

"Nem a ditadura impediu advogados de visitar presos", disse a presidente do PT.

Lula, cuja candidatura presidencial foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), lidera as pesquisas de intenção de voto para o Palácio do Planalto na eleição de outubro, mas deve ficar impedido de disputar pela Lei da Ficha Limpa. Haddad é o plano B do PT e assumirá a cabeça de chapa se confirmada a impugnação da candidatura de Lula.

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