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Jungmann troca comando da Polícia Federal

27 fev 2018 - 20h40
(atualizado às 21h11)
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Horas após tomar posse, titular do novo Ministério da Segurança Pública demite Fernando Segovia da direção-geral da PF. Rogério Galloro, atual secretário nacional de Segurança Pública, é escolhido para assumir o cargo.O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, decidiu nesta terça-feira (27/02) trocar o comando da Polícia Federal (PF). O atual diretor-geral da corporação, Fernando Segovia, será substituído por Rogério Galloro, até então secretário nacional de Segurança Pública.

Polícia Federal, antes atrelada ao Ministério da Justiça, agora faz parte da pasta de Segurança Pública
Polícia Federal, antes atrelada ao Ministério da Justiça, agora faz parte da pasta de Segurança Pública
Foto: DW / Deutsche Welle

Este é o primeiro dia de Jungmann à frente do recém-criado Ministério da Segurança Pública, que passou a ser responsável pelas polícias Federal e Rodoviária, além do Departamento Penitenciário Nacional e da Secretaria Nacional de Segurança Pública, antes vinculadas à pasta da Justiça.

Segundo a imprensa brasileira, a demissão do atual diretor-geral da PF foi oficializada durante uma reunião no Ministério da Justiça na tarde desta terça-feira, após a posse de Jungmann. Esteve presente no encontro, além de Jungmann e Segovia, o ministro da Justiça, Torquato Jardim.

O nome do delegado Galloro foi então levado por Jungmann ao presidente Michel Temer, que concordou com a substituição na PF, informou o jornal Folha de S. Paulo.

Galloro era o número dois na hierarquia da Polícia Federal até Leandro Daiello deixar o cargo de diretor-geral da corporação, em novembro de 2017.

Na ocasião, Torquato Jardim sugeriu a Temer que Galloro assumisse o comando da PF, mas o presidente acabou nomeando Segovia, um nome mais próximo dos caciques do MDB. O delegado passou, então, a comandar a Secretaria Nacional de Segurança Pública.

A demissão de Segovia após menos de quatro meses no cargo ocorre na esteira de uma série de episódios polêmicos. Em um deles, o titular da PF precisou se explicar ao ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre uma declaração dada numa entrevista.

À agência de notícias Reuters, Segovia deu a entender que a PF poderia recomendar o arquivamento do inquérito contra Temer no caso do Decreto dos Portos. Ele afirmou que "os indícios são muito frágeis", sugerindo que a investigação "poderia concluir até que não houve crime".

Na semana passada, Segovia disse a Barroso que não pretendeu "interferir, antecipar conclusões ou induzir o arquivamento" da investigação envolvendo o presidente. Ele ainda ressaltou que suas declarações foram "distorcidas e mal interpretadas" e que não houve intenção de ameaçar o delegado responsável pelo caso. Também se comprometeu a não dar mais declarações sobre o inquérito.

Nesta segunda-feira, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu a Barroso - que conduz o inquérito de Temer no STF uma medida judicial para que Segovia se abstivesse de "qualquer ato de ingerência sobre a persecução penal em curso".

EK/abr/ots

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