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Lava Jato: lobista diz que ‘iniciou negócios’ no governo FHC

Fernando Baiano afirmou ter conhecido o gerente da Petrobras, Cerveró, ainda no ano 2000

22 nov 2014 - 08h58
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<p>Sede da estatal Petrobras no centro do Rio de Janeiro, em abril</p>
Sede da estatal Petrobras no centro do Rio de Janeiro, em abril
Foto: Ricardo Moraes / Reuters

O empresário Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, afirmou à Polícia Federal nesta sexta-feira que começou a fazer negócios com a Petrobras ainda no governo do ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso, por volta do ano 2000. As informações são do Estadão.

Fernando Baiano é apontado como sendo operador do PMDB no esquema de propinas e corrupção na Petrobras. Para a PF, o lobista pode ter agido na chamada Área Internacional, comandada por Nestor Cerveró. Sobre este, Fernando Baiano afirmou que conheceu “ainda no governo de Fernando Henrique”, quando Cerveró era gerente da Petrobras.

Nestor Cerveró foi “indicação política” do PMDB, informação que Fernando Baiano afirmou ter tido conhecimento recentemente, já que pensava que o ex-diretor de Internacional “fosse vinculado ao PT”.

Em depoimento de mais de três horas, o lobista ainda falou sobre o doleiro Alberto Youssef, afirmando que este teria lhe pedido para que “fizesse doações para campanhas políticas”. Sempre de acordo com a publicação, Baiano ainda teria defendido que Youssef sugeriu que “alguma empresa” por ele representada também fizesse doações.

Baiano negou que seja operador de “qualquer partido político”, mas admitiu que tenha duas contas “declaradas” no paraíso fiscal de Linchenstein – uma em seu nome e outra no nome de sua empresa, a Tecnhis Engenharia e Consultoria.

Fonte: Terra
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