O juiz federal Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, responsável pelas ações em primeira instância da Operação Lava Jato, determinou, nesta terça-feira (5), que R$ 157 milhões dos R$ 204,8 milhões já repatriados no acordo de delação premiada do ex-gerente de serviços da Petrobras Pedro Barusco sejam depositados na conta da Petrobras. A devolução deverá ocorrer em cerimônia marcada para o dia 11, segundo o Ministério Público Federal.
Para atender ao pedido do MPF, Moro entendeu que a Petrobras é vítima do esquema de corrupção que desviou recursos da empresa e que, por isso, deverá ser ressarcida com, por ora, 80% do montante recuperado. “Considerando que os crimes de corrupção teriam sido praticados contra a Petrobrás, gerando prejuízo a ela, já que há indícios de que o percentual de propina era agregado no preço cobrado nas obras contratadas, o valor recuperado deve ser devolvido à vítima”, despachou.
Para o magistrado, não há problema em promover a devolução de parte substancial antes do fim dos processos, já que o acusado colaborador era o controlador das contas secretas e renunciou a qualquer direito sobre o produto da atividade criminosa por conta de seu acordo de delação premiada. Os 20% restantes, explica o juiz, seguirão depositados em juízo até o fim do processo para que se verifique se não há outras vítimas com o direito de ressarcimento.
Mais dois presos da Lava Jato são transferidos para Complexo Médico Penal:
Moro aproveita o despacho para cutucar a Petrobras, sugerindo que parte do dinheiro recuperado seja utilizado em ações de combate à corrupção. “Quanto à destinação do dinheiro no âmbito da Petrobras, espera este Juízo que sejam tomadas as cautelas necessárias para a sua utilização, sugerindo que pelo menos parte seja destinada ao reforço e ao aprimoramento dos sistemas de controle e de compliance dentro da empresa estatal a fim de prevenir novos desvios. Oportuno lembrar que a Petrobrás recentemente assumiu a condição de assistente de acusação nas ações penais, passando a auxiliar a persecução, e reconheceu os prejuízos da corrupção em seu balanço, ambas atitudes louváveis, mas há não mais de um ano sequer admitia a ocorrência de corrupção em seu meio”, escreveu.
Policiais recolheram documentos em empresas no Rio de Janeiro
Foto: Marcus Vinicius Pinto / Terra
Operação também foi deflagrada em Pernambuco
Foto: Divulgação
Em São Paulo, policiais cumpriram 29 mandados de busca, 2 mandados de prisão preventiva, 15 mandados de prisão temporária e 9 conduções coercitivas
Foto: Marcos Bezerra / Futura Press
Policias também recolheram documentos em empresas na capital paulista
Foto: Marcos Bezerra / Futura Press
O empresário Ricardo Pessôa, da UCT, foi encaminhado até a sede da PF em São Paulo
Foto: Marcos Bezerra / Futura Press
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Os R$ 157 milhões que serão devolvidos no dia 11 são os primeiros recursos desviados da Petrobras no escândalo da Lava Jato recuperados pelo Ministério Público Federal e Pela Polícia Federal, que retornam à estatal. A Petrobras apresentou, em seu balanço, perda de R$ 6,2 bilhões por conta da corrupção.
(À esquerda) o ex-deputado federal Cândido Vacarezza (PT-SP)
Foto: Câmara / Divulgação
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ)
Foto: Reuters
O senador Fernando Collor (PTB-AL)
Foto: Agência Brasil
A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR)
Foto: Agência Brasil
O deputado federal João Alberto Pizzolatti Jr (PP-SC)
Foto: Twitter / Reprodução
O senador Lindbergh Farias (PT-RJ)
Foto: Daniel Ramalho / Especial para Terra
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL)
Foto: Reuters
O senador Edison Lobão (PMDB-MA)
Foto: Câmara dos Deputados / Divulgação
A ex-governadora do Maranhão Roseana Sarney (PMDB-MA)
Foto: Geraldo Magela / Agência Senado
O senador Humberto Costa (PT-PE)
Foto: José Cruz / Agência Brasil
O deputado federal José Mentor (PT-SP)
Foto: Divulgação
O senador Ciro Nogueira (PP-PI)
Foto: Twitter
O deputado federal Luiz Argôlo (SD-BA)
Foto: Reprodução
O ex-ministro das Cidades Mário Negromonte (PP-BA)
Foto: Divulgação
(À direita) o ex-deputado federal Pedro Corrêa (PP-PE)
Foto: Agência Brasil
O ex-deputado federal Pedro Henry (PP-MT)
Foto: Antonio Cruz / Agência Brasil
O senador Romero Jucá (PMDB-RR)
Foto: Pedro França / Futura Press
O senador Valdir Raupp (PMDB-RO)
Foto: Divulgação
O ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci (PT-SP)
Foto: IstoÉ
O senador Antônio Anastasia (PSDB-MG)
Foto: Ascon de Antônio Anastasia / Divulgação
A ex-deputada federal Aline Corrêa (PP-SP)
Foto: Divulgação
O deputado federal José Otávio Germano (PP-RS)
Foto: Agência Câmara
O deputado federal Nelson Meurer (PP-PR)
Foto: Agência Câmara
O deputado federal Simão Sessim (PP-RJ)
Foto: Agência Câmara
O senador Benedito de Lira (PP-AL)
Foto: Agência Câmara
O deputado federal Vander Luiz dos Santos Loubet (PT-MS)
Foto: Divulgação
O deputado federal Anibal Ferreira Gomes (PMDB-CE)
Foto: Agência Câmara
O tesoureiro do PT João Vaccari Neto
Foto: Roosewelt Pinheiro / Agência Brasil
O lobista Fernando Soares, apontado como operador do PMDB