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Líder do PSL diz que partido pedirá mandato de quem se desfiliar e orienta obstrução em votação de MP

15 out 2019 - 18h55
(atualizado às 20h25)
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O líder do PSL na Câmara dos Deputados, Delegado Waldir (GO), disse nesta terça-feira que a sigla pedirá os mandatos dos deputados que se desfiliarem da legenda e, em meio a uma queda de braço entre a cúpula partidária e o presidente Jair Bolsonaro, orientou sua bancada a obstruir a votação de uma medida provisória de interesse do Palácio do Planalto.

REUTERS/Adriano Machado
REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

Em entrevista a jornalistas, Waldir disse que orientou a obstrução para evitar que fossem computadas faltas aos deputados do PSL que não estavam em plenário por conta de uma reunião da bancada na tarde desta terça.

"Existem centenas de suplentes no Brasil todo em busca de um mandato de um parlamentar. Aquele que sair, com certeza o partido vai pedir esse mandato", disse Waldir a jornalistas, acrescentando que a legenda não tomará a iniciativa de expulsar ou penalizar nenhum de seus integrantes, mas poderá haver punições internas aos que "atacaram" a direção partidária, como mudanças em postos de liderança e cadeiras em comissões.

O líder considerou haver a tentativa de elaborar um "teatro" para dar brecha aos parlamentares que desejam sair do partido e manterem seus mandatos.

"Ninguém vai tomar o partido", afirmou Waldir, argumentando que "quem quiser uma casa tem que construir ela, com tijolos".

Sobre a orientação de obstrução a votação de MP que alterou funções no governo federal que, caso não seja aprovada por deputados e senadores até a quarta-feira, perderá validade, argumentou ainda que devia-se apenas à necessidade de evitar faltas aos parlamentares e que todos se mantém a favor do governo, do presidente Jair Bolsonaro e também do presidente da sigla, deputado Luciano Bivar (PSL-PE).

"Eu vou lá (no plenário) e vou adequar essa orientação", disse o líder. "Só tenho que proteger nossos parlamentares, com certeza somos governo."

"Somos todos bolsonaristas", defendeu, lembrando que o partido teve quase 100 por cento de fidelidade ao governo nas votações na Casa. "Quem sobe em plenário para defender o presidente Bolsonaro são todos esses deputados, somos Bolsonaro, somos de direita, somos conservadores", afirmou.

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