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Líder indígena do sul do Rio de Janeiro morre de Covid-19

21 jul 2020 - 18h48
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Um líder de uma tradicional aldeia indígena do sul do Estado do Rio de Janeiro morreu vítima da Covid-19 nesta terça-feira, informou a prefeitura de Angra dos Reis, em mais um óbito entre indígenas diante dos altos riscos provocados pela pandemia.

Ativista coloca bandeira do Brasil pintada com cruzes sobre cruz durante ato em homenagem a vítimas da Covid-19 em Brasília
14/07/2020
REUTERS/Adriano Machado
Ativista coloca bandeira do Brasil pintada com cruzes sobre cruz durante ato em homenagem a vítimas da Covid-19 em Brasília 14/07/2020 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

O cacique Domingos Venite, da Aldeia Sapukai, que fica em uma região de mata na cidade do sul fluminense, tinha 68 anos e estava internado no centro de referência para tratamento da Covid-19 da localidade desde 23 de junho.

"O falecimento foi no início da madrugada", informou a prefeitura de cidade, que decretou luto oficial de três dias pelo falecimento do cacique, cuja aldeia abriga mais de 300 pessoas.

A morte do cacique se soma a outros 501 óbitos de indígenas em consequência da Covid-19 desde o início da pandemia, segundo dados levantados pela Articulação de Povos Indígenas do Brasil (Apib), uma associação nacional que congrega as 305 etnias do país.

O Ministério da Saúde registra um número menor, de 231 óbitos entre indígenas, uma vez que índios que deixaram as aldeias e se mudaram para cidades não são contabilizados pelo governo.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou na segunda-feira que as comunidades indígenas estão particularmente vulneráveis à pandemia de coronavírus devido a condições de vida precárias.

No caso brasileiro, a Apib ingressou com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo medidas legais imediatas de proteção, alegando risco real de genocídio da população indígena devido à pandemia. Em resposta, o ministro Luís Roberto Barroso, do STF, determinou que o governo federal tomasse medidas para proteção dos povos indígenas para evitar o aumento do contágio e de mortes, entre elas a criação de barreiras sanitárias para evitar a entrada em territórios de índios não contactados.

No início deste mês, as Forças Armadas realizaram uma operação em território ianomâmi para distribuir máscaras e implantar medidas de prevenção ao coronavírus.

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