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Livraria Galileu, da Tijuca, encerra atividades, após 31 anos de funcionamento

Em 2022, Ipanema perdeu a sua unidade. No momento, apenas a Galileu do Largo do Machado, na Zona Sul do Rio, está em funcionamento Livraria Galileu, da Tijuca, encerra atividades, após 31 anos de funcionamento

5 jan 2023 - 09h32
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O mercado de livrarias do Rio de Janeiro sofreu mais um duro golpe. Após 31 anos de funcionamento, a Livraria Galileu, da Tijuca, na Zona Norte do Rio, encerrou as suas atividades na última sexta-feira (30). A unidade da Rua Major Ávila teria sucumbido à concorrência das lojas virtuais.

Foto: A Livraria Galileu do Largo do Machado é a única em funcionamento / Wikimapia / Diário do Rio

Uma funcionária da Galileu, que não quis se identificar, disse ao jornal O Dia, que o dono da livraria, que conta com idade avançada, tomou a decisão diante da forte concorrência imposta pelas vendas online. Ela destacou que perdem a cultura, e os funcionários, que estão todos desembargadores.

"O motivo seria a concorrência com as lojas virtuais e o patrão, que já está com uma idade avançada, decidiu por isso. Hoje, a gente não tem mais tanta loja física. As lojas virtuais estão acabando com tudo. É uma concorrência forte e desonesta. Para a cultura, o fechamento é uma grande perda. Para os funcionários também, já que serão demitidos", disse a mulher que, segundo o jornal, estava no local, nesta quarta-feira (4), guardando os livros da unidade.

Para moradores da Tijuca e bairros próximos, o fechamento da Galileu é uma perda inestimável, uma vez que a livraria contava com um ótimo e diversificado catálogo de títulos. Mais do que uma livraria, a Galileu representava um espaço de sociabilidade e troca de informações e dicas culturais para os seus usuários.  

Para a presidente da Associação Estadual de Livrarias do Rio de Janeiro (AEL), Danielle Paul, o fechamento de livrarias é motivo de "alerta social", já que elas são espaços também para formação de novos leitores, além de possibilitar um diálogo intergeracional.

"Penso que o fechamento de livrarias a qualquer momento é motivo de alerta social. Livrarias não existem para vender apenas livros. São ambientes de sociabilidade, diálogos através de escritos que dizem dos seus tempos. São muitas as vozes que falam em livrarias, e podem ser incríveis os encontros que ambientes como esses propiciam", afirmou Danielle Paul, destacando ainda que as livrarias são mapeadoras de interesses locais, pois montam os seus catálogos em consonância com perfil etnográfico da região.

"Penso que uma livraria num bairro, é como um espaço para o mapeamento de interesses locais na forma de livros. As livrarias tendem a compor seus acervos de acordo com demandas locais. Quando um espaço como esse fecha, acho que o bairro perde o que eu pensaria como 'um espelho em textos'", disse a presidente da AEL ao veículo.

No momento, apenas a Galileu do Largo do Machado, na Zona Sul do Rio, está em funcionamento. Em 2022, Ipanema perdeu a sua unidade. Agora, os moradores da Zona Norte ficaram órfãos da sua Galileu.

As infrmações são do jornal O DIA.

Diário do Rio
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