Lula confirma Tebet, Marina e Guajajara como ministras
Presidente eleito anunciou últimos 16 ministérios do governo
O presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, anunciou nesta quinta-feira (29) os últimos 16 ministros que farão parte de seu governo a partir de 1º de janeiro. Entre os nomes confirmados, estão o da senadora Simone Tebet (MDB-MS) e das deputadas federais por São Paulo Sonia Guajajara (PSOL) e Marina Silva (Rede).
Tebet comandará a pasta de Planejamento e Orçamento, Guajajara liderará o inédito Ministério dos Povos Indígenas e Marina, como esperado, cuidará do Meio Ambiente - que terá a adição do termo "Mudanças Climáticas".
Lula deu especial destaque a Guajajara, dizendo que estava "feliz porque nunca antes na história do Brasil tivemos uma indígena como ministra no Brasil". O futuro líder ainda ressaltou que escolherá "um indígena ou uma indígena" para a presidência da Fundação Nacional do Índio (Funai). "Eles já estão prontos há muito tempo para assumir essa responsabilidade", acrescentou.
Além das três, Lula anunciou outros 13 ministérios e seus líderes na Câmara dos Deputados e no Senado. Nesse terceiro anúncio, o novo mandatário acomodou representantes dos diversos partidos que o apoiaram publicamente durante a campanha eleitoral - seja no primeiro ou segundo turno.
"Boa sorte, que Deus abençoe cada um de vocês e sejam o mais democrata possível nos seus ministérios. É importante olhar quem tem competência e habilidade técnica. Nós temos que montar o melhor ministério que a gente puder para começar a trabalhar", afirmou Lula após anunciar todos os nomes.
Durante o anúncio, o petista ressaltou que o "desgoverno dos últimos anos vai fazer a gente trabalhar em dobro para recuperar o país" e criticou as alterações de última hora que o atual governo de Jair Bolsonaro anunciou para a questão dos combustíveis.
Lula ainda pontuou que escolherá mulheres para serem as presidentes da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil.
Confira a lista de anunciados pelo presidente eleito:
- Gabinete de Segurança Institucional (GSI): general Gonçalves Dias;
- Secretaria de Comunicação Social (Secom): deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS);
- Ministério da Agricultura e Pecuária: senador Carlos Fávaro (PSD-MT);
- Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional: Waldez Góes (PDT-AP);
- Ministério da Pesca e Aquicultura: deputado federal André de Paula (PSD-PE);
- Ministério da Previdência Social: Carlos Lupi (PDT-RJ);
- Ministério das Cidades: Jader Filho (MDB-PA);
- Ministério das Comunicações: deputado federal Juscelino Filho (União Brasil-MA);
- Ministério de Minas e Energia: senador Alexandre Silveira (PSD-MG);
- Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar: Paulo Teixeira (PT-SP);
- Ministério do Esporte: Ana Moser;
- Ministério do Meio Ambiente e das Mudanças Climáticas: deputada federal Marina Silva (Rede-SP);
- Ministério do Planejamento e Orçamento: senadora Simone Tebet (MDB-MS);
- Ministério do Turismo: deputada federal Daniela Waguinho (União Brasil-RJ);
- Ministério dos Povos Indígenas: deputada federal Sonia Guajajara (PSOL-SP);
- Ministério dos Transportes: senador Renan Filho (MDB-AL);
- Líder do governo na Câmara dos Deputados: José Guimarães (PT-CE);
- Líder do governo no Senado Federal: Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
Reações
Pelas redes sociais, os indicados de Lula já começaram a se manifestar após serem confirmados para assumir os ministérios.
Guajajara afirmou que se sente "muito honrada" com a indicação. "Mais do que uma conquista pessoal, esta é uma conquista coletiva dos povos indígenas, um momento histórico de princípio de reparação no Brasil. A criação do Ministério é a confirmação do compromisso que Lula assume com nós", pontuou.
Já Marina agradeceu a "confiança depositada" pelo presidente eleito e disse que "juntos, com a nossa mobilizada sociedade" vamos enfrentar "o grande desafio de resgatar e atualizar a agenda socioambiental perdida".
O senador Fávaro também fez um agradecimento a Lula e ressaltou "o Agro é o setor mais próspero do Brasil, com um enorme espaço para crescer e nenhum milímetro para retroceder".
"O avanço responsável, sustentável, contemporâneo, aliado a tudo que há de mais moderno e mais seguro para continuarmos evoluindo na segurança alimentar do Brasil e do mundo é uma responsabilidade incomensurável. Os cargos são temporários, mas os erros nos perseguem por toda a vida e é por isso que eu digo que o Brasil poderá contar com meu compromisso e trabalho incansável", ressaltou.
Lupi pontuou que estava "muito honrado em poder ajudar na reconstrução do Brasil". Já Waguinho disse que aceitou a "missão com muito entusiasmo" e que "não faltará empenho, dedicação e garra". .