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Lula visita Japão e Vietnã de olho em ampliar relações na Ásia

24 mar 2025 - 08h06
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva inicia nesta segunda-feira uma viagem ao Japão e ao Vietnã com os olhos voltados para ampliar a relação do Brasil com a Ásia, em meio um cenário geopolítico espinhoso e restrições comerciais, especialmente nos Estados Unidos.

Além de tentar abrir mercados específicos nos dois países, como o de carnes, entra na pauta da viagem a tentativa de avançar em acordos comerciais com o Mercosul, com a intenção de diversificar mercados.

"Já houve reuniões Mercosul-Japão. Agora temos que saber qual o próximo passo, que é ter uma negociação. A gente quer saber se vamos ficar nessa conversa ou vamos ter uma negociação de fato", disse o embaixador Eduardo Sabóia, secretário de Ásia e Pacífico do Itamaraty.

Com o Vietnã já existe negociações de fato, mas ainda não há um cronograma para um acordo.

De acordo com uma fonte ouvida pela Reuters, este ano Lula deve voltar novamente os olhos para a Ásia. No segundo semestre, é possível que entre na pauta de viagens Malásia e Indochina, com uma participação -- se o convite for confirmado -- na Cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean).

"Em um contexto de mundo que caminha para cenas de guerra comercial, você buscar parceiros alternativos aos mercados tradicionais nossos é fundamental. Então tem uma estratégia, essa agenda de 2025", disse a fonte.

"Outro elemento importante é que é preciso que os atores internacionais percebam que o Brasil sempre vai buscar ter opções nas suas relações. Então, na Ásia, nós não temos só a China, nós temos outros grandes parceiros."

A própria relação com a China, maior parceiro comercial do Brasil, não é "cristalizada" e apesar da proximidade com o país e da boa relação entre o presidente Lula e o presidente chinês, Xi Jinping, o Brasil continuará buscando mais opções, analisou.

Em um momento de crescente ameaças de tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos, a busca de novos mercados cresce de importância, assim como a tentativa de um movimento a favor do comércio multilateral, o que deve acontecer também nessa viagem ao Japão.

"Tanto Japão quanto Vietnã e Brasil se beneficiam de um mundo onde o comércio regulado por normas, por regras. No caso do Japão, eu acho que a importância que eles dão à Organização Mundial do Comércio (OMC) nos aproxima muito. Provavelmente vai haver uma manifestação de apoio a um mundo onde o comércio é regulado por regras multilaterais", disse Sabóia.

"Quando países importantes se reúnem e apóiam isso, ajuda. É um movimento de contraponto a tendências de desagregação", completou o embaixador, sem citar diretamente os Estados Unidos.

Logo depois da viagem de Lula, o governo norte-americano deve anunciar mais uma rodada de tarifas que devem afetar diretamente o Brasil, e podem inclusive incluir o Japão, já que o presidente norte-americano, Donald Trump, já ameaçou incluir o país em uma lista de afetados por tarifas no setor automobilístico.

A visita de Lula à Ásia, desta vez, será de três dias no Japão e dois dias no Vietnã. Na comitiva, 11 ministros, vários deputados e senadores, incluindo os atuais presidentes da Câmara e do Senado, Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União-AP), e os anteriores, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

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