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Mãe de brasileiro sumido na Indonésia: “não tem colaboração”

Luciana Vieira desmentiu que o jovem de 24 anos tenha sido encontrado morto nesta terça-feira

3 fev 2015 - 12h20
(atualizado às 14h21)
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Fernando foi visto por moradores da ilha de Gili Trawangan em 1º de fevereiro
Fernando foi visto por moradores da ilha de Gili Trawangan em 1º de fevereiro
Foto: Twitter

A família do brasileiro Fernando Vieira Campello, 24, que desapareceu na noite da quinta-feira na ilha de Gili Trawangan, na Indonésia, reclama da falta de empenho das autoridades brasileiras e indonésias nas buscas pelo jovem.

"A gente não tem colaboração nenhuma", disse em entrevista ao Terra Luciana Vieira, mãe de Fernando, que está na Indonésia desde o desaparecimento do brasileiro.

Ela contou que as buscas por Fernando têm sido realizadas pelos amigos do brasileiro e que não tem recebido nenhum apoio das autoridades. Os envolvidos na busca por notícias do brasileiro têm enfrentado uma série de dificuldades. Luciana disse que não há carros ou motos na ilha de Gili Trawangan, então todo o trabalho tem sido feito de bicicleta.

Os amigos de Fernando têm, por conta própria, passado de casa em casa de Gili Trawangan para conversar com os moradores e tentar encontrar pistas do seu paradeiro. "Há também lugares de difícil acesso, como cavernas onde ninguém consegue entrar", contou Luciana. O idioma é outro problema. Nem todos na ilha falam inglês. "A embaixada poderia ter mandado alguém para ajudar nesse sentido', lamenta.

A mãe de Fernando ouviu da embaixada que as autoridades brasileiras e indonésias estão envolvidas no caso e procurando por respostas, mas tal empenho não tem sido visto na prática. "Eles [autoridades brasileiras] entram em contanto com autoridades locais e eles dizem que estão fazendo e acontecendo, mas não é verdade", disse.

Ela contou que alguns policiais foram enviados à Gili Trawangan, mas que os agentes não estão se esforçado para conseguir algum sucesso. "Eles dão uma volta de bicicleta e param", disse, acrescentando que os oficiais sequer conversam com os habitantes da ilha para procurar por pistas.

Fernando foi visto pelos residentes de Gili Trawangan, pela última vez, no sábado, dia 1º. "Ele estava confuso, andando desorientado, batendo em todos os hotéis para descobrir onde estava hospedado".

Luciana soubera que não é incomum turistas serem "apagados" após terem as bebidas adulteradas por substâncias químicas. "Nesses casos, os moradores costumam acolher essas pessoas em casa até que eles fiquem bem", disse.

A brasileira não tem dúvidas de que alguma pista seria descoberta, ou até mesmo, que Fernando seria localizado, se a polícia consultasse os moradores de Gili Trawangan.

A mãe de Fernando desmentiu a notícia da morte do brasileiro, veiculada nesta manhã por alguns meios de comunicação. Luciana revelou que o corpo de um homem foi encontrado e ela chamada para fazer o reconhecimento, mas não se tratava de Fernando.

O Itamaraty disse, em nota, que "a Embaixada do Brasil em Jacarta está ciente do caso do desaparecimento do brasileiro na Indonésia, e que estão sendo mantidos contatos com a família do brasileiro e com as autoridades locais".  

Ainda segundo o Itamaraty, o Ministério das Relações Exteriores está acompanhando a situação e prestará toda a assistência consular cabível. As buscas pelo brasileiro prosseguem, conforme informações prestadas pela polícia local.

O jovem desapareceu na noite da última quinta-feira após sair para beber com alguns amigos. Ele e um amigo passaram mal após tomar alguns drinks e resolveram voltar para o hotel onde estavam hospedados. Durante o caminho, eles se separaram e Fernando desapareeu.

O brasileiro estava passando férias na Indonésia.

Fonte: Terra
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