Maia diz que governo precisa funcionar e está na hora de parar a "brincadeira"
O presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta quarta-feira que Jair Bolsonaro precisa parar de "brincar" de ser presidente e que o governo precisa funcionar para solucionar os problemas do país, em vez de perder tempo com o que chamou de "discussões secundárias".
A relação entre o Congresso e o Executivo tem enfrentado momentos ruins há alguns dias com trocas públicas de farpas entre Maia e Bolsonaro. A crise estendeu-se para esta semana, quando a Câmara aprovou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que torna o Orçamento ainda mais impositivo --um recado ao governo por considerar que ele empurra para os parlamentares a pecha de representantes da velha políticas.
"Eu acho que agora está na hora de a gente parar desse tipo de brincadeira, está na hora de ele sentar na cadeira dele, do Parlamento sentar aqui e a gente em conjunto resolver os problemas do Brasil."
"Então vamos parar de brincadeira e vamos tratar de forma séria. O Brasil precisa de um governo funcionando", afirmou o presidente da Câmara, acrescentando que o país precisa que o governo "dê certo".
O presidente, um dos principais fiadores da reforma da Previdência, garantiu que continuará trabalhando pela proposta e defendeu que seja mantido o foco "naquilo que é o fundamental".
"Se a gente continuar perdendo tempo com essas discussões secundárias, nós vamos continuar colocando o Brasil andando para trás."
Informado sobre declaração de Bolsonaro mais cedo nesta quarta de que estaria "abalado por questões pessoais", possível referência a Moreira Franco, padrasto de sua mulher preso na semana passada e posteriormente solto, Maia rebateu.
"Abalados estão os brasileiros, que estão esperando desde 1º de janeiro que o governo comece a funcionar. São 12 milhões de desempregados, 15 milhões de brasileiros vivendo abaixo da linha da pobreza, a capacidade de investimento do Estado brasileiro diminuindo, 60 mil homicídios, e o presidente brincando de presidir o Brasil", alfinetou.