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Maia diz que irá insistir na Previdência, mas é melhor ser "realista"

1 dez 2017 - 12h14
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O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta sexta-feira que continuará insistindo na votação da reforma da Previdência na Casa, apesar do cenário desfavorável, mas ponderou que o melhor é adotar uma postura mais "realista".

Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, durante reunião em Brasília
17/10/2017 REUTERS/Adriano Machado
Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, durante reunião em Brasília 17/10/2017 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

Em seminário sobre segurança pública no Rio de Janeiro, Maia reafirmou que o governo ainda está longe de ter os 308 votos necessários para aprovar a reforma, que por se tratar de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), precisa alcançar esse patamar mínimo de votos entre os 513 deputados em dois turnos de votação na Casa.

"Vamos continuar insistindo, apesar de toda a dificuldade", disse o presidente da Câmara a jornalistas. "Acho que ser realista é melhor do que ser muito otimista", afirmou, sem fazer uma estimativa de calendário para a votação.

O deputado defendeu mais uma vez a reformulação no sistema de Previdência, sob o risco de o desequilíbrio nas contas públicas comprometer o pagamento de servidores públicos e investimentos em áreas essenciais.

"Eu vou continuar defendendo a votação (da reforma), por mais que eu saiba que é muito difícil", respondeu, ao ser questionado sobre um prazo de votação.

Maia afirmou ainda que o texto da nova reforma deve deixar claro que policiais federais terão direito à integralidade da aposentadoria, mesmo os que ingressaram no serviço após 2003. Segundo ele, também estuda-se uma maneira de fornecer aposentadorias aos mortos em combate, sem comprometer a economia pretendida com a reforma, e de construir uma solução para a transição de delegadas.

Maia classificou de "bom" o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, que subiu 0,1 por cento entre julho e setembro passado sobre o segundo trimestre. Ele aproveitou para defender a aprovação da reforma como forma de ajudar na recuperação da economia.

"Acho que se tivermos a condição de convencer os deputados de que a gente pode ter uma reforma da Previdência que tenha um impacto positivo real na vida das pessoas que ganham menos no Brasil, a gente também vai esta ajudando no resultado da economia", disse.

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