Maia diz que prorrogação de auxílio emergencial não pode gerar descontrole fiscal
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta terça-feira que a prorrogação do auxílio emergencial não pode gerar um descontrole fiscal no país, horas após o governo ter anunciado que o benefício pago durante a pandemia do novo coronavírus, hoje em 600 reais, deverá ser prorrogado até o final do ano pelo valor de 300 reais.
Em entrevista coletiva, Maia disse que a medida provisória que deverá ser editada pelo governo com a prorrogação do benefício tem que ser trabalhada para atender os vulneráveis e evitar o descontrole fiscal.
Mais cedo, o governo reuniu lideranças do Congresso para anunciar a prorrogação do valor do auxílio pelo valor de 300 reais. Oposicionistas, contudo, vão defender que o valor se mantenha até dezembro no valor de 600 reais.
Após o resultado de contração recorde da economia no segundo trimestre deste ano, o presidente da Câmara disse que é importante que o crescimento do Produto Interno Bruto no próximo ano seja superior ao que está sendo projetado no momento.
Maia defendeu ainda que a reforma tributária seja discutida na frente da reforma administrativa --o presidente Jair Bolsonaro disse pela manhã que vai encaminhar essa última ao Congresso até quinta-feira.
Apesar de ressaltar a prioridade na reforma tributária Maia destacou que é preciso uma reforma administrativa caso se queira melhorar a qualidade do gasto público, com o intuito de melhorar a competitividade.
O presidente da Câmara afirmou que o governo deve mandar a proposta do chamado programa Renda Brasil ao Congresso por meio de emenda constitucional.