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Mais Médicos: 237 estrangeiros ainda esperam registro

15 out 2013 - 21h46
(atualizado às 21h54)
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O Ministério da Saúde divulgou nesta terça-feira que 237 médicos com diploma estrangeiro do Programa Mais Médicos aguardam a emissão do registro provisório. Sem o documento, esses profissionais não podem trabalhar no País.

O registro provisório é emitido pelos conselhos regionais de medicina (CRM). Se a Medida Provisória 621, que cria o Mais Médicos, for aprovada no Senado, a competência passará a ser do Ministério da Saúde. O presidente do Senado, Renan Calheiros, confirmou hoje que a votação será amanhã. De acordo com o ministério, os profissionais que não têm registro provisório receberam a bolsa de R$ 10 mil, prevista no programa.

O mesmo estudo aponta que 1.020 médicos do Programa Mais Médicos estão trabalhando. Eles foram contratados na primeira etapa. Do total, 577 são formados no Brasil e 443 têm diploma estrangeiro e atuam no País por meio de registro provisório. Conforme o levantamento, 40% estão trabalhando no Nordeste, com destaque para os Estados da Bahia e do Ceará que, juntos, reúnem 205 profissionais.

De acordo com cálculos do ministério, 3,5 milhões de pessoas estão sendo beneficiadas com os atendimentos dos médicos do programa, sendo que 61% vivem no Norte e Nordeste do País.

Os médicos da primeira etapa do programa estão alocados em 577 municípios e 17 distritos sanitários indígenas. Do total de locais atendidos, 423 são cidades com 20% ou mais da população em situação de extrema pobreza, com mais de 80 mil habitantes e menor renda per capita, além de áreas indígenas. As demais áreas atendidas são periferias de 20 capitais e 151 regiões metropolitanas.

ENTENDA O 'MAIS MÉDICOS'
- Profissionais receberão bolsa de R$ 10 mil, mais ajuda de custo, e farão especialização em atenção básica durante os três anos do programa.
- As vagas serão oferecidas prioritariamente a médicos brasileiros, interessados em atuar nas regiões onde faltam profissionais.
- No caso do não preenchimento de todas as vagas, o Brasil aceitará candidaturas de estrangeiros. Eles não precisarão passar pela prova de revalidação do diploma
- O médico estrangeiro que vier ao Brasil deverá atuar na região indicada previamente pelo governo federal, seguindo a demanda dos municípios.
- Criação de 11,5 mil novas vagas de medicina em universidades federais e 12 mil de residência em todo o País, além da inclusão de um ciclo de dois anos na graduação em que os estudantes atuarão no Sistema Único de Saúde (SUS).
 

Mais 2.597 profissionais, da segunda seleção, devem iniciar as atividades ainda neste mês. Com a entrada deles em atuação, o governo estima que mais de 9 milhões de brasileiros terão atendimento em atenção básica. O Ministério da Saúde avalia o impacto da atuação dos profissionais com base no número de famílias cadastradas para o atendimento nas unidades básicas. Atualmente, cada equipe de atenção básica do Sistema Único de Saúde (SUS) atende, em média, 3.450 pessoas.

"Nosso objetivo é até, entre março e abril, ter aqui no Brasil os 12 mil médicos que são necessários, num primeiro momento que nós chamamos, autorizados, considerando tudo, todas as demandas de todos os municípios", disse a presidente Dilma Rousseff ontem em entrevista a rádios mineiras.

Os brasileiros da segunda seleção do programa tiveram até esta segunda-feira para se apresentar nos municípios. O ministério ainda não divulgou o número de profissionais que se apresentaram. Os profissionais formados no exterior devem concluir o módulo de avaliação do programa até o dia 25 de outubro.

Agência Brasil Agência Brasil
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