Manifestantes bloqueiam acesso à USP e entram em confronto com a polícia
Agentes da Polícia Militar (PM) e funcionários públicos da Universidade de São Paulo (USP), que estão em greve e protestam por reivindicações trabalhistas, se enfrentaram nesta quarta-feira após os manifestantes bloquearem as vias de acesso à Cidade Universitária.
A linha do metrô que opera no bairro Butantã foi fechada por precaução, situação que provocou um caos de trânsito na região oeste de São Paulo.
A PM indicou que apesar do uso de gás lacrimogêneo para resistir ao ataque com paus e pedras dos manifestantes nenhuma pessoa ficou ferida, enquanto o presidente do Sindicato de Trabalhadores da universidade, Magno de Carvalho, disse a jornalistas que quatro manifestantes ficaram feridos.
Com a ação da PM, que se mobilizou até o local em dez veículos, as avenidas Vital Brasil e Francisco Morato foram desbloqueadas e as portas da universidade reabertas duas horas depois do enfrentamento.
Os manifestantes, que estão em greve desde 27 de maio, muitos deles acampados dentro da universidade, queimaram pneus e resíduos de lixo para evitar a presença das autoridades.
O sindicato convocou hoje uma nova assembleia para decidir se os 300 trabalhadores que estão em greve continuarão parados.
A greve, a mais longa da universidade nos últimos dez anos, foi motivada pela "congelamento" de salários dos empregados e algumas unidades retomaram parcialmente suas atividades docentes na segunda-feira passada até a realização de uma nova reunião de negociações no início de setembro.