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Marina Silva será chave para 'definir rei' na eleição brasileira, diz Bloomberg

15 ago 2014 - 08h41
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A imprensa internacional destaca nesta sexta-feira artigos e perfis sobre Marina Silva, indicando a aposta de que a ex-senadora sucederá Eduardo Campos na cabeça da chapa do PSB à Presidência do Brasil.

O site de negócios da Bloomberg diz que Marina Silva é um "curinga" e provável "fiel da balança" para definir o próximo presidente do Brasil.

O texto usa a expressão em inglês kingmaker, que se refere à pessoa que escolhe o próximo rei - neste caso, indicando que caso concorra, Marina seria decisiva para definir o vencedor na disputa de outubro.

"Acidente aéreo fatal transforma ambientalista evangélica em fiel da balança no Brasil", diz a manchete do artigo.

"(Marina) pode afetar as duas campanhas dos dois principais candidatos (Dilma Rousseff, do PT e Aécio Neves, do PSDB) caso decida concorrer", avalia o texto, citando um analista do banco UBS AG. "Pode dividir o eleitorado o suficiente para roubar uma vitória no primeiro turno da presidente Dilma Rousseff, e retirar Aécio Neves da disputa no segundo lugar."

Outros analistas políticos citados na reportagem descrevem Marina Silva como uma figura enigmática, que não deixa claras as suas posições em relações a temas que interessam ao mercado, como ajuste fiscal e controle de inflação.

A reportagem diz que existe um debate no meio político, e entre o eleitorado, para tentar definir "exatamente o que ela representa".

'Ambiciosa'

O jornal britânico The Guardian também trata a ex-senadora como a "sucessora óbvia" de Eduardo Campos na campanha. Para a publicação, a ex-senadora tem apelo junto ao eleitorado brasileiro e é vista como alguém que ajudou a reduzir o desmatamento da Amazônia.

Por outro lado, a reportagem afirma que seu "radicalismo não agradou a classe política brasileira", lembrando que ela deixou o Ministério do Meio Ambiente no governo Lula em pé de guerra contra os interesses do agronegócio.

Para o Guardian, dificilmente Marina deixaria de concorrer agora, por conta de sua intenção de fortalecer a agenda ambientalista. "É difícil imaginar que uma política tão ambiciosa não vá aproveitar essa chance [de concorrer à Presidência] para poder avançar com sua agenda de desenvolvimento sustentável."

O Guardian afirma que não há políticos dentro da coalizão do PSB com a mesma força eleitoral de Marina Silva, mas ressalva que ela não conta com total apoio de muitos dentro do partido.

"Há riscos para o partido ao escolher uma candidata que é retratada por seus rivais como uma pessoa divisiva que veio de fora", diz o artigo. "Caso ela saia para a disputa com um candidato a vice forte, para garantir que a máquina do PSB esteja com ela, a corrida presidencial do Brasil, que já está competitiva, pode ficar ainda mais acirrada."

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