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MediaON

Comunicação se torna ciência exata e produzida por engenheiros

5 dez 2012 - 13h33
(atualizado às 15h01)
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Thiago Tufano
Vagner Magalhães
Direto de São Paulo

Para os participantes, a comunicação deixou de ser uma ciência humana
Para os participantes, a comunicação deixou de ser uma ciência humana
Foto: Fernando Borges / Terra

No segundo dia da 6º edição do MediaOn - Seminário Internacional de Jornalismo Online, Roberto Martini, CEO Flag/CUBOCC, abordou o avanço da tecnologia na comunicação e disse que o tema já se tornou uma ciência exata e não mais humana. Prova disso, segundo Martini, são os profissionais que trabalham no Google e no Facebook, que são engenheiros e não comunicadores.

"O futuro da comunicação não está mais sendo desenhado pelos comunicadores, mas sim por engenheiros. Consigo saber todos os cenários, considero métricas de interação com pessoas, e isso é mais exato do que humano", afirmou Martini. Porém, o especialista fez questão de tranquilizar a plateia ao afirmar que os "robôs não substituirão as pessoas".

"Não vamos perder trabalho, mas não podemos continuar fazendo as mesmas coisas. Temos que aceitar e abraçar esse cenário. Fazemos muitas coisas que não fazem sentido e 90% das pessoas no mundo odeiam o que fazem", completou.

Martini disse ainda que a explicação para isso é a forma com que a comunicação é analisada, sempre de acordo com o resultado que ela irá proporcionar em números, como audiência, por exemplo. "Não vou mais justificar minha criação só pela ideia, mas pelo número que ela gera. A ideia vem depois. Minha ideia só aumenta o poder do planejamento".

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Guilherme Glezer, gerente de Digital Innovation da Nike do Brasil, falou a respeito do poder das marcas em gerar comunicação e conteúdo, tentando ser menos "intrusiva". "As marcas têm um poder de gerar comunicação, de conteúdo, que há tempos atrás estava vinculada a veículos, mas hoje você enxerga que uma marca esportiva, como a Nike, tem autoridade para falar de esporte".

Eco Moliterno, Diretor de Digital África Propaganda, completou o pensamento de Glezer e afirmou que as mídias devem trabalhar juntas, com TV e internet caminhando simultaneamente, por exemplo. "Temos que fazer de um jeito que as pessoas cliquem. Hoje você consegue lançar jargões para publicidade na internet. Se você trabalhar direito, uma mídia ajuda a outra. A TV pode ajudar a web e vice versa", explicou.

Porém, Moliterno alertou para um perigo da internet. "Errar na internet é muito mais caro que do que em qualquer outra mídia", afirmou.

Fonte: Terra
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