MediaOn: chargistas se diferenciam na sofisticação do formato

Hermano Freitas

Vagner Magalhães

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Os chargistas e debatedores do primeiro debate do último dia do 4° Seminário de Mídia Online (MediaOn), Maurício Ricardo, do charges.com.br, e Antônio Pedro Tabet, do Kibe Loco, se diferenciam pela sofisticação no formato em que apresentam seu trabalho. Enquanto Ricardo utiliza animações computadorizadas, Tabet prefere montagens e design caracterizado por ele próprio como "uma interface para quem é um imbecil em html".

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Ricardo coloca mostrou como usa recursos de programação, como no caso de um vídeo com um debate fantasioso no tempo da República Velha com a suposta participação do ex-candidato à Presidência da República Plínio de Arruda Sampaio. Em outra animação, o candidato José Serra aprende a treinar tiro com um alvo do presidente Lula que se movimenta sobre uma que representava a adversária Dilma Roussef, sendo o desafio acertar Dilma sem atirar no Lula - principal dificuldade de Serra na campanha, segundo o humorista. "Apresento para a meninada que não conheceu charge em jornal e nem vai conhecer", disse.

Tabet, que também se inspira na política para fazer seu humor, prefere montagens com fotos. Segundo ele próprio, a aposta é devido ao pouco conhecimento dos recursos da informática. "Terceirizo o layout do meu site, sinto falta de saber mais de programação, acho que enriqueceria meu trabalho", afirmou. Entre os exemplos mais famosos, o "Comandos em Ação" com personagens do escândalo que ficou conhecido como "mensalão".

Outra diferença marcante entre os humoristas é a regularidade. Enquanto por questões contratuais Ricardo é obrigado por questões contratuais a publicar todo dia, Tabet não mantém regularidade no Kibe Loco. "Inspiração é coisa para pintor, eu tenho que soltar alguma coisa na pressão", diz Ricardo. "Eu eduquei ou deseduquei minha audiência a não ver coisa nova todo dia. Recebia reclamação de quem não conseguia acessar o site sempre", disse Tabet.