MediaOn: redes sociais amplificam e organizam protestos
- Fernando Diniz
- Direto de São Paulo
Além de amplificar o discurso político, as redes sociais mostraram seu poder em episódios como a Primavera Árabe por organizar pessoas com os mesmos ideais em grupos e fornecer material para a mídia tradicional. A avaliação é do pesquisador Muzammil Hussain, especialista em política do Islã da Universidade de Washington.
"Sem as redes sociais seria significantemente mais difícil para as mensagens chegarem ao redor do mundo, chegar em países influentes. As ferramentas online diversificaram o número de pessoas envolvidas no episódio", disse Hussain, que também destacou a troca de informações entre os grupos de manifestantes e a mídia internacional.
Durante sua apresentação, Hussain mostrou fotografias de manifestantes na praça Tahrir, no Egito, e em outros países levantando cartazes com o símbolo de redes sociais, como o Facebook. "Tivemos nesse evento mais pessoas celebrando aplicativos de internet do que líderes particulares", disse.
O uso de redes sociais para o engajamento social é como "uma bola de neve rolando montanha abaixo", explicou o diretor de tecnologia editorial do Huffington Post, Conor White-Sullivan. Nesse caminho, ele ajudou a fundar o Localocracy.com, uma comunidade para o engajamento de grupos. A sociedade expõe determinado problema, podendo interagir com governantes e jornalistas. "Quando você tem 15 ou 20 pessoas pensando a mesma coisa, você cria uma mensagem, atraindo mais gente", disse.