Metade das prefeituras perdeu profissionais do Mais Médicos
Segundo jornal, 49% das cidades apresentaram queda no número de profissionais em 1 ano
Muitas das cidades que receberam o serviço do programa do governo Mais Médicos diminuíram o número de profissionais após o primeiro ano. Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, quase metade dessas cidades (49%) tinha uma quantidade maior de médicos no dia do início do programa. Além disso, ao menos um de cada três médicos do programa trabalhavam sem a supervisão prevista nas regras.
As constatações foram colocadas em uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) no principal programa social do novo mandato da presidente Dilma Rousseff. Segundo tribunal, o Ministério da Saúde não faz um monitoramento adequado “para assegurar que os municípios não substituam médicos que já compunham equipes de atenção básica pelos participantes do projeto nem que haja redução do número de equipes”.
O ministério informou à Folha que os municípios foram notificados e apresentaram justificativas. Em 2013segundo o jornal, 1.174 municípios receberam profissionais do programa, que busca levar médicos ao interior e a periferias das grandes cidades.
Os municípios que reduziram o número de profissionais não vinculados ao Mais Médicos apresentaram justificativas técnicas para o problema, segundo o Ministério da Saúde. A pasta, no entanto, não informou quais foram as justificativas apresentadas.
O governo nega que os médicos atuem sem contato com supervisores e que, após ter acesso à informações da auditoria do TCU, eventuais problemas foram corrigidos. "Atualmente, a média de supervisores atende o que é preconizado", diz a nota. Hoje, 14 mil médicos atuam no Mais Médicos em 3.875 municípios, de acordo com o Ministério da Saúde.