Metralhadoras furtadas do Exército são capazes de disparar 600 tiros por minuto, diz especialista
Quatro armas roubadas do quartel em Barueri, São Paulo, ainda permanecem em posse de criminosos
As metralhadoras extraviadas de um quartel do Exército em Barueri, na Grande São Paulo, são de uma geração bastante antiga e podem ser classificadas como "relíquias", conforme explicou o professor de história Dennison de Oliveira em entrevista ao programa Fantástico, da TV Globo.
Dennison, que é professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), explicou que essas armas de guerra são capazes de derrubar aeronaves.
"A .50 é uma metralhadora desenvolvida em 1917. Ela chega ao Brasil, pela primeira vez, durante a Segunda Guerra Mundial, uma grande remessa com centenas de metralhadoras enviada ao Brasil num contexto de escalada das tensões com a Argentina. Ela foi pensada como arma antitanque. Já as MAG são de um projeto belga no início da década de 50", disse.
Segundo o professor, as armas podem efetuar cerca de 600 disparos por minuto. “No caso da .50, o atirador, depois de gastar uma fita de 250 tiros, tem que parar de atirar e esperar o cano esfriar. Essas MAG, de origem belga, são capazes de sustentar o fogo por muito tempo", afirma o especialista.
Das 21 armas roubadas, 9 foram localizadas no interior do estado no último sábado, 21, e outras 8 foram recuperadas durante esta semana no Rio de Janeiro.
Ainda permanecem em posse de criminosos 4 metralhadoras. O Exército afirma que essas armas estão inutilizadas e, portanto, não podem causar danos.