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Ministro: combate à dengue e à chikungunya é desafio duplo

O ministro admitiu que a longa estiagem vivida em grande parte do país contribui para a não proliferação do Aedes aegypti, que transmite as duas doenças

6 dez 2014 - 15h08
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O perigo aumentou. Agora nós temos uma preocupação dupla, não só com a dengue mas com a febre chikungunya", disse o ministro
O perigo aumentou. Agora nós temos uma preocupação dupla, não só com a dengue mas com a febre chikungunya", disse o ministro
Foto: Agência Brasil

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, participou neste sábado, no Rio de Janeiro, do Dia D de mobilização contra o mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão da dengue e da febre chikungunya. Acompanhado do prefeito do Rio, Eduardo Paes, Chioro visitou uma casa da comunidade do Morro da Coroa, entre os bairros do Catumbi e de Santa Teresa, na região central da cidade, onde acompanhou o trabalho dos agentes de saúde do município na inspeção de possíveis criadouros do mosquito.

“O perigo aumentou. Agora nós temos uma preocupação dupla, não só com a dengue mas com a febre chikungunya, mas o mosquito é o mesmo. A  ação de prevenção que o ministério, os estados e as prefeituras estão fazendo é a mesma e precisa do apoio pra valer da população brasileira”, disse, em entrevista à imprensa após visitar a residência das irmãs Carminda e Maria de Lourdes Ferreira Caetano, de 86 e 87 anos, respectivamente. Nenhum foco foi encontrado na casa das duas idosas, elogiadas pelo ministro por seu cuidado para evitar criadouros do mosquito.

“Se cada um fizer a sua parte, agora nos meses de verão, nós teremos capacidade de enfrentar tanto a dengue como a chikungunya e reproduzir no ano que vem o mesmo resultado positivo que tivemos em todo o Brasil”, destacou Chioro, que elogiou o desempenho do Rio de Janeiro no combate à dengue. “Foi o estado que teve a maior redução no número de casos, no número de óbitos”, lembrou.

A queda do número de casos da dengue no Rio de Janeiro foi 97% este ano, em comparação com os dados de 2013, bem acima da média nacional, de 61%, segundo o Ministério da Saúde.  Com relação à febre chikungunya, Chioro disse que não se pode misturar o enfrentamento das duas doenças, apesar de terem em comum o fato de serem transmitidas pelo mesmo mosquito.

<p>Campanha Contra Dengue e Chikungunya em Goi&acirc;nia (GO), no Parque Arei&atilde;o, na manh&atilde; deste s&aacute;bado, para conscientizar os moradores sobre o problema da prolifera&ccedil;&atilde;o dos mosquitos transmissores. Estudantes da Universidade Federal de Goi&aacute;s mostraram a evolu&ccedil;&atilde;o da larva ao mosquito adulto, al&eacute;m de uma maquete com os casos certos e errados de se manter as casas limpas de criadouros</p>
Campanha Contra Dengue e Chikungunya em Goiânia (GO), no Parque Areião, na manhã deste sábado, para conscientizar os moradores sobre o problema da proliferação dos mosquitos transmissores. Estudantes da Universidade Federal de Goiás mostraram a evolução da larva ao mosquito adulto, além de uma maquete com os casos certos e errados de se manter as casas limpas de criadouros
Foto: jcbarreto / Futura Press

“A diferença é que a dengue tem uma chance muito maior de produzir casos graves e óbitos, e a febre chikungunya praticamente não produz óbitos. Entretanto, as dores articulares, nas juntas, podem durar semanas, até três meses, e em alguns casos, anos”, explicou o ministro. Segundo dados do Ministério da Saúde, foram registrados até 15 de novembro 1.364 casos de chikungunya em todo o país.

Desse total, apenas 71 casos foram importados, ou seja, de pessoas que viajaram para países com transmissão da doença, como a República Dominicana, o Haiti, a Venezuela, o Caribe e a Guiana francesa. Os demais foram diagnosticados em pessoas sem registro de viagem internacional para esses países.

O ministro admitiu que a longa estiagem vivida em grande parte do país contribui para a não proliferação do Aedes aegypti. “A larva permanece de seis meses a dois anos aguardando ali. Na hora em que começa a chover, ela pode eclodir e dar origem ao mosquito. Se por um lado a estiagem ajuda a não proliferar o mosquito e a transmissão da doença em um certo período, ela não resolve o problema. O que resolve é a eliminação desses criadouros”, disse.

Na Clínica da Família Sérgio Vieira de Mello, unidade da prefeitura localizada no pé do Morro da Coroa, Arthur Chioro e Eduardo Paes acompanharam a entrega de certificados de desempenho a agentes municipais de saúde. O ministro lembrou que no primeiro sábado de fevereiro de 2015 será feito um segundo Dia D de mobilização contra o Aedes aegypti, com mutirões de limpeza urbana e atividades para alertar os profissionais de saúde para o diagnóstico correto das duas doenças.

Foto: Arte Terra

Agência Brasil Agência Brasil
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