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Ministro da Indústria, Marcos Pereira, pede demissão do cargo

3 jan 2018 - 14h59
(atualizado às 15h05)
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O ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, pediu demissão do cargo nesta quarta-feira alegando precisar cuidar de questões partidárias e de sua própria candidatura ao Congresso este ano.

Marcos Pereira durante entrevista à Reuters em Brasília
26/01/2017 REUTERS/Adriano Machado
Marcos Pereira durante entrevista à Reuters em Brasília 26/01/2017 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

O próprio ministro publicou a carta de demissão em sua página no Facebook, depois de um encontro com o presidente Michel Temer na hora do almoço.

De acordo com uma fonte palaciana, Pereira alegou que precisa reestruturar seu partido, o PRB, para as eleições de outubro. Além disso, como ele mesmo será candidato, não teria como cuidar das duas coisas ao mesmo tempo.

"Agradeço imensamente a confiança e fico lisonjeado pelo convite para continuar no cargo até 31 de dezembro, porém preciso deixar o ministério para poder me dedicar a questões pessoais e partidárias", escreveu Pereira na carta entregue a Temer.

Esse é o segundo ministro que pede demissão em uma semana. No dia 27 de dezembro, Ronaldo Nogueira deixou o Ministério do Trabalho e o Planalto negocia uma nova indicação do PTB ao cargo, depois de vetar o nome do deputado Pedro Fernandes (MA) por ter ligações com o governador do Maranhão, Flavio Dino (PCdoB), opositor de Temer.

Depois de ensaiar uma reforma ministerial logo depois da votação da segunda denúncia criminal de que foi alvo pela Câmara, Temer desistiu e tentou empurrar as mudanças, inevitáveis com a desincompatibilização dos ministros que serão candidatos em 2018.

A saída de Nogueira e Pereira precipita a rearrumação do governo, mas dificulta a vida de Temer. O Planalto mantém que, no caso do Ministério do Trabalho, a vaga continuará nas mãos da bancada da Câmara do PTB. No entanto, apenas três deputados - um deles Fernandes - não serão candidatos em outubro.

Os demais são Sergio Moraes (RS) e Josué Bengston (PA), que devem ser os nomes levados nesta quarta a Temer pelo presidente do partido, Roberto Jefferson.

Para o Ministério da Indústria, Comércio e Serviços ainda não está definido o que poderá ser feito.

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