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Ministro diz que chacina de Roraima não foi retaliação

6 jan 2017 - 14h26
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Para Alexandre de Moraes, mortes de 33 detentos numa penitenciária do estado são acerto de contas interno do PCC e não retaliação à rival FDN pelo massacre de Manaus.O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, disse nesta sexta-feira (06/01) que as mortes de 33 presos numa penitenciária de Roraima são um acerto de contas interno da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) e não uma retaliação à Família do Norte (FDN) pelo massacre de Manaus.

"Segundo dados que me foram passados, desde as últimas rebeliões [no presídio de Roraima] houve a separação das facções nesse presídio. Todos [os mortos no presídio] eram ligados à mesma facção, que é o PCC. Dos 33 mortos, três eram estupradores e os demais eram rivais internos que haviam traído os demais. Então, na linguagem popular, trata-se de um acerto de contas interno", disse o ministro, ao ressaltar que o caso, de qualquer forma, é grave.

Ao menos 33 presos da Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (PAMC), na zona rural de Boa Vista, em Roraima, foram mortos na madrugada desta sexta-feira, segundo a Secretaria de Justiça e Cidadania do estado. Um representante do governo de Roraima afirmou à agência de notícias AFP que não houve uma rebelião e que o massacre foi o resultado de uma ação rápida de um grupo de detentos. A ação durou menos de uma hora, e a maioria das vítimas foi morta com faca, disse o representante do governo local. Armas de fogo não foram encontradas.

Diante do ocorrido, Moraes vai ainda nesta sexta-feira a Roraima para se reunir com a governadora do estado, Suely Campos. O ministro negou que a situação nos presídios do estado tenha saído de controle, mas admitiu se tratar de uma situação difícil.

"Roraima já teve problemas no segundo semestre do ano passado, com 18 mortes em consequência de rebeliões. [No que se refere] à questão de termos rebeliões ou mortes, talvez tenha sido um grande erro cuidar apenas do problema", disse. Moraes falou sobre as mortes após detalhar o Plano Nacional de Segurança, no Palácio do Planalto.

AS/abr/efe

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