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Moro nega perfil partidário e cita Bolsonaro para 2022

"Eu particularmente não tenho um perfil político-partidário, me vejo mais como um técnico dentro do ministério", disse o titular da Justiça

12 ago 2019 - 17h11
(atualizado às 19h56)
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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, afirmou nesta segunda-feira, em entrevista exclusiva à Reuters, que não é candidato a presidente em 2022 e destacou que o candidato do governo, se quiser, vai ser o presidente Jair Bolsonaro, que já indicou publicamente interesse em mais quatro anos de mandato.

"Não (sou); o candidato presidencial em 2022, acho muito prematuro nós falarmos isso, mas o candidato do governo federal, se ele assim quiser, vai ser o presidente Jair Bolsonaro", disse Moro em seu gabinete no ministério.

Ministro da Justiça e Segurança Pública,  Sergio Moro, fala durante entrevista à Reuters em seu gabinete
12/08/2019
REUTERS/Andre Coelho
Ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, fala durante entrevista à Reuters em seu gabinete 12/08/2019 REUTERS/Andre Coelho
Foto: Andre Coelho / Reuters

"Eu particularmente não tenho um perfil político-partidário, me vejo mais como um técnico dentro do ministério com essa missão específica", acrescentou.

Há dois meses, Moro --o ex-juiz da Lava Jato tratado no início do governo como um dos superministros de Bolsonaro-- está sob intensa pressão após publicação de reportagens do site The Intercept Brasil revelar conversas por aplicativos de mensagens atribuídas a ele e a procuradores da operação em que o então magistrado teria orientado a atuação do Ministério Público Federal no caso.

Moro disse que há uma violação criminosa de mensagens, que ele não reconhece a autenticidade e avaliou não ter visto, do divulgado, "nada de anormal".

"O que existe ali é um sensacionalismo exacerbado com o objetivo ali de anular condenações criminais", disse, ao emendar. "Diria em geral anulação de condenações criminais e obstaculizar novas investigações e o do ex-presidente (Lula) é um caso mais em foco", completou.

Para o ministro, o apoio às medidas na área de segurança pública do governo é grande e, em relação ao nome dele, não houve "um abalo de credibilidade" por essas questões.

"Não estou no governo para disputar concurso de popularidade ou para preocupar com minha imagem. Estou no governo para defender boas ações", destacou.

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