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Morte de cinegrafista: Dilma determina que PF apoie investigações

10 fev 2014 - 16h38
(atualizado às 17h12)
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O jornalista Santiago Andrade, em fotografia de arquivo pessoal divulgada pela Rede Bandeirantes
O jornalista Santiago Andrade, em fotografia de arquivo pessoal divulgada pela Rede Bandeirantes
Foto: Arquivo pessoal / Rede Bandeirantes / Reprodução

Por meio de sua conta no Twitter, a presidente Dilma Rousseff determinou que a Polícia Federal preste apoio às investigações do acidente com um rojão que levou à morte cerebral o cinegrafista da TV Bandeirantes Santiago Ilídio Andrade. Na avaliação da presidente, liberdade de manifestação não pode ser usada para matar.

“Determinei à PF que apoie, no que for necessário, as investigações para a aplicação da punição cabível”, afirmou a presidente por meio do microblog. “A liberdade de manifestação é um princípio fundamental da democracia e jamais pode ser usada para matar, ferir, agredir e ameaçar vidas humanas, nem pode depredar patrimônio público ou privado”, disse em outro momento.

Segundo a presidente, a morte cerebral de Santiago Andrade “revolta e entristece”. “Não é admissível que os protestos democráticos sejam desvirtuados por quem não tem respeito por vidas humanas”, afirmou Dilma.

O vice-presidente Michel Temer também lamentou a morte de Santiago. "Que sua família e amigos encontrem conforto neste momento de dor", escreveu Temer em seu perfil no Twitter.

O cinegrafista Santiago Ilídio Andrade, atingido na cabeça por um rojão durante a cobertura de um protesto contra o aumento do preço do ônibus no Centro do Rio de Janeiro, teve morte cerebral nesta segunda-feira. A morte encefálica foi informada pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) no início da tarde e diagnosticada pela equipe de neurocirurgia do Hospital Municipal Souza Aguiar, onde ele estava internado no Centro de Terapia Intensiva desde a noite de quinta-feira.

Atingido em protesto, cinegrafista tem morte cerebral

Santiago foi atingido na cabeça por um rojão durante a cobertura de um protesto contra o aumento do preço do ônibus no Centro do Rio de Janeiro, no dia 6 de fevereiro. Além dele, outras seis pessoas ficaram feridas na mesma manifestação. 

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, o cinegrafista chegou em coma ao hospital municipal Souza Aguiar. Ele sofreu afundamento do crânio, perdeu parte da orelha esquerda e passou por cirurgia no setor de neurologia. A morte encefálica foi informada pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) no início da tarde do dia 10 de fevereiro, após ser diagnosticada pela equipe de neurocirurgia do hospital, onde ficou internado no Centro de Terapia Intensiva desde a noite do dia 6.

O tatuador Fábio Raposo confessou à polícia ter participado da explosão do rojão que atingiu Santiago. Ele foi preso na manhã de domingo em cumprimento a um mandado de prisão temporária expedido pela Justiça. O delegado Maurício Luciano, titular da 17ª Delegacia de Polícia (São Cristóvão) e responsável pelas investigações, disse que Fábio já foi indiciado por tentativa de homicídio qualificado e crime de explosão e que a pena pode chegar a 35 anos de reclusão.

De acordo com o delegado, Fábio está colaborando com as investigações, mas ainda não é possível afirmar se ele entrará no programa de delação premiada. A defesa do rapaz e a polícia estão em negociação, para que o tatuador possa colaborar ainda mais com a investigação.

Fábio afirmou à polícia não saber o nome do segundo suspeito de participar da explosão que resultou na morte do cinegrafista. Segundo o advogado do jovem, Jonas Tadeu, seu cliente realmente não sabe o nome do homem apontado como o principal suspeito de ter acionado o explosivo que atingiu Santiago. Eles seriam apenas conhecidos de manifestações anteriores, já que Fábio era assíduo frequentador de protestos populares no Rio.

Fonte: Terra
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