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Mourão diz que existe preconceito e falta de conhecimento sobre carreira dos militares

26 mar 2019 - 13h37
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O vice-presidente da República, general da reserva Hamilton Mourão, disse nesta terça-feira que é preciso esclarecer à sociedade detalhes sobre a carreira militar para que sejam superados os preconceitos existentes, num momento em que se debate a reforma da previdência para os trabalhadores civis e para os militares.

Vice-presidente Hamilton Mourão
14/02/2019
REUTERS/Ueslei Marcelino
Vice-presidente Hamilton Mourão 14/02/2019 REUTERS/Ueslei Marcelino
Foto: Reuters

"Existe uma série de preconceitos, desinformação , falta de conhecimento e peculiaridades da carreira militar", disse Mourão em um pronunciamento passado a jornalistas por sua assessoria.

Mourão estava no Forte São João, uma unidade militar no Rio de Janeiro, para participar de um evento fechado da Fundação Cultural do Exército Brasileiro.

"Hoje temos a oportunidade de debater esse assunto, de mostrar a importância das Forças Armadas no conserto de todas as ações e transpor o que tem que ser a proteção social dos militares", acrescentou.

A proposta do governo de mudanças nas aposentadorias dos militares veio acompanhada de uma reestruturação de carreiras com aumento salarial, o que gerou críticas e polêmicas.

A economia líquida prevista com o pacote dos militares --mudanças nas regras das aposentadorias mais a reestruturação das carreiras-- é de 10,5 bilhões em uma década enquanto que a economia com a reforma da Previdência dos trabalhadores civis e servidores públicos estima uma economia de 1,08 trilhão de reais ao longo de 10 anos.

Quando a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma da Previdência para os civis foi apresentada em fevereiro, o governo informou que o projeto com as mudanças nas aposentadorias dos militares deveria gerar uma economia de 92,3 bilhões de reais.

A economia prevista no projeto efetivamente apresentado até aumentou, passando para 97,3 bilhões de reais. Mas a reestruturação da carreira, que não havia sido anunciada em fevereiro, gerou uma estimativa de gasto de 86,85 bilhões de reais.

Esses números geraram críticas entre os parlamentares, inclusive entre os mais simpáticos ao governo.

Segundo Mourão, a meta principal da primeira fase do governo será a aprovação da reforma da Previdência.

"É um momento muito importante porque nós estamos vivendo a primeira fase do nosso governo, onde o objetivo primordial é que a gente consiga realizar a Nova Previdência, também chamada de reforma da Previdência, que atinge o público civil e o militar."

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