MP analisa denúncia de estupro de vulnerável contra zagueiro do Corinthians
Mulher denunciou o abuso sexual em fevereiro; Polícia Civil já concluiu as investigações e não indiciou o jogador nem o amigo dele
O Ministério Público deve decidir na próxima semana se denuncia ou não o zagueiro Robson Bambu, do Corinthians, por estupro de vulnerável. O amigo dele, Wellington Sobral, conhecido como Pezinho, também é citado na acusação.
O caso se trata de uma denúncia feita por uma mulher de 25 anos, que acusa o jogador de tê-la abusado sexualmente no início de fevereiro. Na época, ela disse à polícia que manteve relações sexuais com Pezinho, mas que pegou no sono e, quando acordou, encontrou Robson nu e deitado sobre ela.
A denúncia é investigada pela 5ª Delegacia da Mulher de SP, na região norte da capital. A delegada responsável pelo caso, Kátia Domingues Salvatori, concluiu o inquérito na semana passada e não pediu o indiciamento do jogador ou do amigo.
Agora, o relatório passará por análise do Ministério Público. O promotor responsável pode optar por arquivar o caso, oferecer a denúncia ou, ainda, solicitar à Polícia Civil novas diligências.
Em nota, o Ministério Público informou que o inquérito policial, que corre em segredo de justiça, está na Vara do Setor de Atendimento de Crimes contra Infante, Idoso, Deficiente e Vítima de Tráfico de Pessoas (Sanctvs). Por causa disso, não é possível passar qualquer outra informação adicional.
Por nota, a defesa de Robson Bambu informou que, embora não possa entrar em detalhes sobre o relatório final, é importante destacar que não houve indiciamento do jogador Robson Bambu. "O farto material colhido pelas autoridades policiais aponta para a inocência de Robson, na medida em que indica uma série de incoerências e inverdades apresentadas pela suposta vítima. Continuamos acreditando na apuração isenta e competente das autoridades responsáveis pela persecução penal", escreveu.
Já a defesa do amigo, Wellington, ressalta que ele não foi indiciado. "A Polícia Civil produziu um denso relatório que demonstra sua inocência. Todas as provas anexadas aos autos explicitam a incoerência, interna e externa, da narrativa de Sabrina. Confiamos na apuração rigorosa e serena das autoridades responsáveis pela persecução penal e, tão logo a investigação seja finalizada, buscaremos a devida responsabilização pelos danos causados à dignidade de Wellington".
O Terra tentou entrar em contato com o advogado da vítima, Luiz Carlos Pileggi, mas ele não retornou até a publicação desta matéria.