MP da Bolívia estuda pedir extradição de senador que fugiu para o Brasil
O Ministério Público da Bolívia estuda pedir a extradição do senador Roger Pinto Molina, disse nesta segunda-feira o procurador-geral interino da Bolívia, Roberto Ramirez. De acordo com a Agencia Boliviana de Información (ABI), Ramirez disse que "como Ministério Público, estamos, atualmente, analisando tudo o que se refere à normativa internacional e à normativa nacional para ver quais são as opções". Molina responde a vários processos na Bolívia por suspeita de corrupção.
O senador boliviano, que é opositor do presidente Evo Morales, ficou abrigado por 15 meses na embaixada brasileira na Bolívia desde que pediu asilo político ao Brasil. O salvo-conduto era negado pelas autoridades bolivianas, que alegam que o parlamentar responde a processos judiciais no país. No sábado, o parlamentar deixou a embaixada com o auxílio da representação diplomática brasileira. O boliviano chegou neste domingo ao País por Corumbá (MS), onde se encontrou com o presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Ricardo Ferraço (PMDB-ES). Os dois voaram em seguida para Brasília.
O embaixador da Bolívia no Brasil, Jerjes Justiniano Talavera, pediu explicações ao Ministério das Relações Exteriores, Itamaraty, sobre a retirada do senador boliviano da representação diplomática brasileira em La Paz e a viagem dele a Brasília.
Em nota, o Itamaraty informou que abrirá um inquérito para apurar as circunstâncias da entrada no Brasil do senador boliviano. O diplomata Eduardo Saboia, apontado como principal responsável pela retirada do senador, foi chamado para prestar informações a respeito do ocorrido.